O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro afirma que o Governo precipitou-se na forma como decidiu a transferência de Ovar para a Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga.
Joaquim Batista, presidente de Câmara da Murtosa, eleito pelo PSD, assume a crítica pela forma com os processos em saúde são alterados, consoante os ciclos, sem que haja avaliação de políticas.
O autarca falava, esta manhã, na Universidade de Aveiro, na abertura do encontro que reflete a articulação entre hospitais, cuidados de saúde primários e saúde pública.
Batista lamenta o que diz ser a precipitação na tomada de decisão política que subtraiu um município da região de Aveiro à sua Unidade Local de Saúde (com áudio)
Ao fim de 9 meses de criação da ULS da região de Aveiro, a estrutura perdeu um dos seus municípios.
Ainda assim, a presidente da Unidade Local de Saúde, Margarida França, afirma tratar-se de um trabalho sem regresso que vai procurar respostas a pensar na população dos 11 Municípios (com áudio)
Margarida França na abertura da Jornada de trabalho que decorre, esta sexta, no Anfiteatro Carlos Borrego, no Departamento de Ambiente e Ordenamento, da Universidade de Aveiro.
Profissionais da área hospitalar e da área de cuidados de saúde primários fazem balanço aos primeiros 9 meses da nova estrutura.
Margarida França diz que a tarefa não é fácil uma vez que são serviços com tipologias diversas e diferentes filosofias.
O caminho está em marcha e os autarcas dão força ao modelo.
Joaquim Batista reafirma o suporte político à integração e mantém a ampliação do hospital e o arranque do curso de medicina como pilares de um novo futuro na área da saúde.
Lembra que os desafios são crescentes desde logo com a chegada de novos residentes, de diferentes países, e que o setor da saúde é peça fundamental na integração (com áudio)
O simpósio reúne colaboradores das instituições pertencentes à ULS, instituição criada a 1 de janeiro de 2024.
Da Universidade ouviu-se apelo à criação de sinergias com o sistema de saúde para garantir respostas no campo da saúde mental.
Alexandra Queiroz, da equipa da Reitoria, defende essa articulação como importante numa verdadeiro sociedade das nações que é o campus universitário.
"Principalmente quanto há alunos deslocados, longo do seu meio, com dificuldade para aceder a cuidados de saúde. Não têm o médico de família próximo. E a comunikdade internacional que está, muitas vezes, desamparada. Penso que colaborando teremos melhores resultados. É um desafio a falarmos mais sobre esta área".
Depois do almoço, às 14h30, serão apresentados os melhores trabalhos do concurso científico e haverá painéis sobre infeções associadas aos cuidados de saúde e sobre o futuro da ULS.
A sessão se encerramento decorre a partir das 16h30.