O CDS – Partido Popular de Vagos teme pela “centralização excessiva” na distribuição de pelouros por parte de Rui Cruz e pede “transparência”.
Duas abstenções dão o sinal dos eleitos do CDS em temas referentes à distribuição de tarefas e autorização de despesa.
Os vereadores Hugo Santos e Óscar Lopes reconhecem a “legitimidade” do Presidente da Câmara para propor a estrutura e a “experiência dos vereadores nomeados” mas
manifestam “preocupação com a concentração de áreas estratégicas, como a Ação Social, Saúde, Desenvolvimento Económico e Urbanismo, num número reduzido de eleitos, defendendo maior equilíbrio e transparência na gestão autárquica”.
Na delegação de competências para autorização de despesa, os vereadores destacaram a “importância da eficiência administrativa”, mas sublinharam a “necessidade de reforçar os mecanismos de fiscalização e controlo financeiro, especialmente em matérias de elevado impacto orçamental”.
“Compreendemos a necessidade de eficiência administrativa e reconhecemos que a delegação de competências pode contribuir para maior agilidade de gestão municipal. No entanto, tratando-se de delegações de valor elevado e com impacto financeiro significativo para o município, consideramos essencial reforçar mecanismos de fiscalização e transparência”.
O CDS admite que em nome dessa transparência será necessário disponibilizar, periodicamente, relatórios detalhados sobre despesas autorizadas ao abrigo da delegação, sobre obras executadas por administração direta, critérios e procedimentos adotados para contratação.
Em ambas as declarações, os vereadores do CDS-PP reforçaram “compromisso com a transparência, a boa governação e o escrutínio democrático, bem como a disponibilidade para cooperar construtivamente com o executivo municipal, defendendo sempre o interesse dos vaguenses”.