Regina Bastos reclama “ação contínua e estruturante” de dragagens da Ria de Aveiro na Murtosa.
A deputada do PSD defende intervenção regular nos portos de abrigo e na marina de recreio da Torreira.
Numa audição da ministra do Ambiente e Energia, Regina Bastos recordou que a Murtosa “está no coração da Ria de Aveiro e tem um território cuja identidade e economia são marcadas pela agricultura e pelas pescas”, para sustentar que “é precisamente esta realidade que reclama a necessidade de acautelar a dragagem regular das bacias dos portos de abrigo e da marina de recreio da Torreira”.
“Estas dragagens não podem continuar a ser encaradas como intervenções pontuais ou meramente reativas, mas sim como uma ação contínua e estruturante, essencial para garantir condições de navegabilidade permanentes, segurança das embarcações e sustentabilidade da atividade piscatória”, vincou Regina Bastos na Comissão de Orçamento, depois de ter felicitado a ministra pelo “excelente trabalho que tem feito em muitas frentes, com impacto direto nas comunidades locais e na vida das pessoas”.
Regina Bastos enfatizou que dos portos de abrigo da ria “dependem diretamente muitos pescadores e famílias”, destacando, também, o “evidente impacto na economia local” assegurado pela marina de recreio da Torreira.
“Sei que não lhe trago novidade ao sublinhar a complexa teia de entidades com competência sobre a Ria de Aveiro”.
A esse propósito, referiu-se a uma nova entidade, a Ria Viva, que está dotada de 90 milhões de euros para investir até 2030. “É preciso, pelo menos, assegurar uma coordenação eficaz que evite a degradação progressiva de infraestruturas e espaços sensíveis”.
Regina Bastos deixa apelo à remoção de despojos de madeira da antiga marina que boiam na ria junto à estrada marginal da Torreira, e que “permanecem abandonados, constituindo risco ambiental e imagem indigna daquele património local”.