A Assembleia Municipal de Aveiro aprovou, por maioria, a conta consolidada do universo municipal que reflete as contas da autarquia e da empresa Aveiro Expo e a sessão que encerrou a agenda de Junho deixou claras as posições das diferentes bancadas sobre a governação.
PCP, PAN e BE votaram contra e deixaram críticas à evolução de políticas na área fiscal, dos transportes e saúde animal.
Registam lacunas que uma autarquia que reclama para si o mérito de ter recuperado as finanças deveria ter colocado noutro patamar.
O Bloco de Esquerda resume a ideia com uma frase já ouvida noutros momentos.
Celme Tavares diz que se mantém a filosofia “impostos no máximo, serviços públicos no mínimo” (com áudio)
O Chega optou pela abstenção com avaliação intermédia entre as “contas certas” e uma carga fiscal “ainda muito elevada”
Da maioria ouviram-se palavras de apoio e elogio.
O PP fala em “contas boas” e o PSD assume a “grande recuperação” com rácios que colocam no passado o desequilíbrio financeiro.
Filipe Tomaz esclareceu que os impostos "não estão no máximo".
“Todos repetem uma mentira. Aveiro não tem impostos no máximo”.
A bancada socialista votou a favor em coerência com a votação na Câmara de Aveiro mas deixou uma questão a Ribau Esteves sobre os custos da obra do Rossio.
“Alguma vez afirmou que se as obras do Rossio ultrapassem os 4,5 milhões essas obras nunca teriam lugar”, perguntou Mário Costa.
Ribau Esteves destaca a recuperação da autarquia em 9 anos de mandatos com rácios entre receita e despesa que ficam três vezes abaixo do que existia no ponto de partida em 2013.
O autarca lembra que além dessa recuperação foi possível incrementar investimento e cooperação com associações num quadro de estabilidade.
E resumiu o debate um dos momentos mais “claros” da vida política de Aveiro (com áudio).
“Há clareza de posições e profunda distância entre quem governa e quem faz oposição. Faço agradecimento à minoria porque a oposição acentua essas diferenças. Até hoje não perceberam o que está a acontecer. A conversa que têm hoje é igual há quem tinham há 7 anos sobre IMI e transportes e nunca tiveram o bom senso de ouvir os cidadãos”.