A 'maioria' que suporta a Assembleia e a Câmara de Aveiro defendeu e viabilizou as Grandes Opções do Plano e o Orçamento de 101 milhões de euros para 2016. Este ponto da Ordem de Trabalhos da Assembleia Municipal, realizada esta noite, foi aprovado por maioria com os votos favoráveis do PSD e do PP, a abstenção do Movimento Independente Juntos por Aveiro e os votos contra do PCP, BE e PS.
A bancada do PS, por intermédio de Francisco Picado, falou num Orçamento dependente "totalmente" do Fundo de Apoio Municipal (FAM). "Estamos perante um documento e orçamento 'Fam-dependente'. Já estávamos à espera disto. Já no ano passado se fez um ensaio e este ano continuam dependentes do FAM. A dependência de financiamento do Orçamento é suportada e baseada em impostos", disse. Em Aveiro "os cidadãos são muito penalizados, por exemplo, no IMI".
O comunista Filipe Guerra sublinhou que "ninguém está a pedir à Câmara para rasgar dívida antiga". "O problema é que as soluções encontradas não servem os interesses dos cidadãos que são penalizados com uma grande carga fiscal. Seria um trabalho meritório, da Câmara, se conseguisse resolver os problemas financeiros sem sacrificar o povo de Aveiro. Ninguém diz que a situação é fácil mas isto não é nada".
Rita Batista do BE acusou Ribau Esteves de usar uma "cassete" no seu discurso político. "Pode embelezar o FAM como quiser mas, a realidade é: Impostos no máximo para os aveirenses", disse. "Não foi com este programa que se apresentou a eleições. Disse que ia resolver o problema da dívida mas nunca disse que ia usar os impostos no máximo para atingir esse objetivo. O derrube do Governo fez com que use uma cassete que um dia destes vai riscar", concluiu.
Jorge Nascimento do Movimento Juntos por Aveiro, reforçou o que sempre disse, até agora. "É um enorme aumento da carga fiscal imposta aos aveirenses pelo Orçamento".
O PSD e o PP falaram num Orçamento e Plano "realistas e sérios".
Ribau Esteves disse que a principal ajuda da componente de assistência financeira do FAM "não é para fazer nada. É para pagarmos a quem devemos há muitos anos. Falta a assistência financeira que é de uma importância capital para pagarmos dívidas", disse.
Para o autarca, a Câmara de Aveiro, agora "paga a quem compra. Por muito que não queiram aceitar isto, nós, pagamos as nossas despesas. Pagamos a toda a gente", vincou.
A Câmara "já está bem governada". "Estamos a gerir com mecanismos de sustentabilidade sérios e rigorosos, entre a receita e a despesa. Há uma peça que ainda não conseguimos resolver que foi pagar a dívida absurda que é grande e velha".
Ribau Esteves disse que o Plano e o Orçamento "não são dependente do FAM". (com áudio)