A Câmara de Aveiro reage às críticas dos Partidos da oposição em torno da ampliação do Centro Comercial Glicínias e diz estranhar que um processo que está a ser trabalhado há três anos e que passou por consulta pública esteja agora acusado de ser um processo sem participação.
Reação a posições assumidas nos últimos dias por BE e PS e que apontam para dúvidas e preocupações em torno do cumprimento das contrapartidas, do aumento de tráfego, do impacto no comércio tradicional e na falta de ideias estratégicas.
A tudo isto responde a maioria liderada por Ribau Esteves com a acusação de que a “simples demagogia” induz “conclusões erradas”.
A autarquia lembra que está há três anos a “tratar regularmente desde processo, com regular exposição pública” e recorda que houve apresentação pública em setembro de 2017 e que o mesmo seguiu a “tramitação formal normal e foi sujeito a inquérito público em dezembro de 2017”.
“Em nenhum desses momentos os Partidos da Oposição vieram questionar este processo ou interessar-se por ele, não tendo havido posições políticas ou formais em qualquer desses momentos de exposição pública do projeto”, refere nota da autarquia.
A maioria admite que havia componentes do loteamento inicial não cumpridas e lembra que tal aconteceu com a “complacência da CMA incluindo no tempo em que foi liderada pelo PS” e que essas contrapartidas serão, agora, executadas com a certeza de que a “execução completa é obrigatória para que a obra da ampliação do Centro Comercial Glicínias possa receber licença de utilização e poder então entrar em pleno funcionamento”.
Refere ainda que o investimento global de 1,5 milhões de euros em acessibilidades, incluindo ciclovia, é vital para melhorar a fluidez e a segurança do tráfego na antiga EN 109 e nas ligações a Aradas e São Bernardo e anuncia que há mais investimento privado na calha para ajudar a qualificar a EN109 “assumindo-a como um eixo viário central na Cidade e no Município de Aveiro”.
E que esta aposta vai ajudar a dar cumprimento ao Plano Diretor Municipal e Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano na assunção de áreas das Freguesias de Aradas, São Bernardo, Santa Joana, Esgueira e Cacia como parte integrante da cidade “numa lógica de estruturação e integração viária, urbana e ambiental, de coesão social e de desenvolvimento, com grandes investimentos privados âncora na atratividade polarizada”.
A captação de novos estabelecimentos, como por exemplo lojas de marcas âncora que ainda não existem em Aveiro, será potenciada e vai ajudar a “atrair mais Portugueses de zonas mais distantes e mais Espanhóis”, “gerando mais Emprego e mais Riqueza”.