O 23 Milhas assegura que a Milha atingiu a idade madura.
Tempo de balanço a mais uma edição da Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo que decorreu no passado fim-de-semana, em Ílhavo e na Gafanha da Nazaré.
Entre os dias 5 e 7 de novembro, a sua quinta edição, organizada pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, lançou três criações desenvolvidas para o evento, uma delas com direito a lançamento de álbum, quatro concertos, um deles em estreia absoluta e ainda uma conversa sobre o Programa de Apoio à Produção Local que surgiu no prolongamento do festival.
A organização fala em “auditórios cheios” para ver o que resultou das relações promovidas pela Milha.
“5280 pés”, a segunda criação da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo, dirigida por São Castro e António Cabrita, celebrou mais uma vez a relação do 23 Milhas com as escolas de dança locais e a integração dos seus alunos num contexto de trabalho profissional.
“Trégua”, de José Valente com a Orquestra Filarmónica Gafanhense, estreou-se ao vivo, sendo uma criação com o apoio do 23 Milhas e cujo disco, editado pela Antena 2, se encontra já disponível nas plataformas digitais e à venda em edição física.
José Valente assume a relevância das parcerias com entidades locais (com áudio)
De acordo com o diretor do 23 Milhas, Luís Sousa Ferreira, a Milha “atingiu a maturidade é um evento muito particular no território que já alcançou uma fasquia muito alta e, partindo de dentro, já conquistou mais do que a região”.
Vê a Milha assumir-se, cada vez mais, “como um evento de futuro”.
Estes três dias foram o culminar de meses de trabalho de centenas de artistas, membros de associações e agentes locais, mas a ideia é que “seja sempre o início de algo mais”.
Ainda no âmbito da Milha, seguem-se duas oficinas em parceria com a ARDA Academy: uma oficina de criação com o músico David Bruno (27 de novembro) e uma oficina de comunicação com Sara Cunha (IndieLisboa, Festival Tremor, Omnichord, Lovers & Lollypops), destinadas a músicos e técnicos locais.