A Quercus afirma-se “preocupada” com as intervenções de controlo de acácias que estão a ser realizadas na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto e pede esclarecimentos à Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Centro do ICNF, para clarificação sobre a intervenção efetuada.
Entende que o recurso a “maquinaria pesada” no interior da mata está a ser “muito prejudicial para a conservação da natureza”.
A Associação Nacional de Conservação da Natureza admite que a operação é necessária e, por isso, classifica como “inteligente” a intervenção, mas fala de um completo “absurdo” com movimentação de máquinas em “áreas sensíveis”.
Estas queixas são frequentes e já tinham sido registadas a propósito dos trabalhos em passadiços, no cordão dunar, nas praias do concelho de Ílhavo, com recurso a maquinaria pesada em área sensível.
Os trabalhos autorizados pelas entidades com responsabilidade na área do ambiente visão a remoção de Acácias.
A Quercus diz que a operação destrói o coberto de outras espécies que previnem a germinação em grande escala das sementes de acácia.
“Com o solo sem um coberto de musgos e líquenes, e também na periferia das zonas onde estão a ser feitos os cortes, sem o ensombramento das acácias adultas, verificar-se-á a ativação das sementes de acácias, tornando o seu controlo ainda mais difícil. E muito mais caro para o erário público, sempre tão curto de verbas para a verdadeira e inteligente proteção da natureza”.
A Quercus defende que deveria ter sido acautelada a existência de corredores devidamente balizados de forma a impedir a circulação da maquinaria fora das áreas intervencionadas e defende uma ação de controlo de erva-das-pampas.