Os Bombeiros de Ílhavo falam em sonho tornado realidade com a chegada do veículo especial combate incêndios que vai operar em zonas de risco químico, nomeadamente no porto de Aveiro.
“Agradecemos a todas a entidades que contribuíram para que fosse possível a vinda do veículo, que sem dúvida nos vai tornar mais fortes, e capacitados”, reagiu a corporação no dia em que inaugurou um veículo de apoio operacional.
Trata-se de uma aquisição suportada pelo Porto de Aveiro, empresas do terminal químico e Câmara de Ílhavo num investimento de cerca de 600 mil euros.
A compra era sonho antigo dos bombeiros e resulta de um esforço conjunto entre o Município de Ílhavo, a Administração do Porto de Aveiro (APA) e as empresas instaladas no Terminal de Granéis Líquidos do Porto de Aveiro que, em novembro do ano passado, celebraram um protocolo para atribuição de um apoio financeiro à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo.
APA e autarquia entraram com 100 mil euros cada e as empresas instaladas no Terminal de Granéis Líquidos comparticiparam os restantes 348 mil euros.
Nuno Pires, presidente da Comunidade Portuária, destaca o envolvimento das empresas do terminal químico para alcançar o "sonho útil".
“As empresas apoiaram com o coração”, resumiu o presidente da CPA.
Rosa Novo, da direção dos Bombeiros, saúda o “esforço notável” dos parceiros envolvidos neste projeto e lamentou a falta de participação do Estado Central.
O autarca de Ílhavo destaca a agregação de vontades como sinal positivo em nome de um “sistema eficaz de proteção civil” e a APA e a Comunidade Portuária classificam como “sonho realizado” esta aquisição.
João Campolargo afirma tratar-se de uma iniciativa exemplar.
“Um sinal de união e conquista de um objetivo que muito me orgulha, que nos orgulha a todos”.
O VECI destaca-se pela tecnologia inovadora e especificações únicas em Portugal, contando com 15.000 litros de capacidade de água e 1.000 litros de agente espumífero para incêndios em hidrocarbonetos, além de um monitor de incêndios de alta projeção, sistemas avançados de análise térmica e monitorização de atmosferas explosivas, comunicações adaptadas a zonas ATEX e equipamentos para contenção de derrames e proteção química e respiratória.