A colocação em prática do protocolo de colaboração entre o Núcleo da ASPEA Aveiro e o Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, foi o assunto que reuniu uma equipa com representantes das duas instituições esta semana e que resultou na programação de um conjunto de atividades a desenvolver no 2º período escolar.
O conjunto de atividades de Educação Ambiental serão realizadas nas escolas do AEMS e na Quinta Ecológica da Moita – Escola da Floresta (parceria ASPEA e SCMA), e contempla várias ações.
Visitas à Quinta Ecológica da Moita, enquadradas no Projeto CareForest, financiado pelo Programa Erasmus+ em que o ambiente, e sobretudo a floresta, oferece a possibilidade de uma aprendizagem mais enriquecedora das matérias curriculares, incluindo o estímulo às competências linguísticas (Francês, Inglês, Português, etc.) em contexto real.
Três sessões em escola sobre sociologia do ambiente, direito ambiental e economia social e ambiental, adequando a temática e abordagem aos anos escolares e especificidades dos grupos de alunos.
Organização de um café-concerto (Repair café), em que os alunos irão, em contexto de partilha de saberes, aprender a reparar objetos quebrados e aparelhos avariados, na perspetiva de ensinamento sobre consumo ambientalmente responsável e economia circular;
Inclusão do AEMS na rede de viveiros nas Escolas, uma dimensão de um projeto mais alargado de educação para a proteção das Florestas que a ASPEA se encontra a iniciar sob enquadramento do Projeto CareForest, intitulado "Guardiões da Floresta".
Este é um projeto que procurará integrar outros projetos em curso e criar projetos novos ao longo dos anos sob uma mesma égide.
Neste contexto os alunos semeiam e mantêm árvores e outras plantas nativas da flora da região, para posterior plantação, estimulando a
reutilização de recursos (por exemplo, recolhendo bolotas, castanhas, nozes e outras sementes para germinação.
Em ligação com a atividade de viveirismo, foi ainda lançado à escola o desafio de promover o "voluntariado ambiental para famílias" em que a comunidade escolar procurará envolver as famílias dos alunos, docentes e funcionários em atividade de voluntariado em prol das florestas, da natureza e do ambiente.
Joaquim Ramos Pinto, presidente da ASPEA, refere que este conjunto de atividades procura, assim, “materializar o desígnio de envolver não apenas o aluno, mas a globalidade da comunidade escolar na exploração das relações entre o indivíduo e o mundo que o rodeia, construídas numa dinâmica constante com os espaços físico, social, cultural e ambiental, contribuindo para a preparação dos alunos para as múltiplas exigências das sociedades contemporâneas”.
Para o coordenador do projeto Nelson Matos, “a complexidade e a rápida transformação que caracterizam atualmente a vivência dos alunos conduzem, assim, à necessidade do desenvolvimento de competências diversas para o exercício da cidadania democrática, baseada também na literacia para o ambiente, requerendo um papel preponderante por parte da Educação Ambiental”.