Durante cinco dias, estudantes da Universidade de Aveiro (UA) terão a oportunidade de trabalhar num projeto espacial como se fossem engenheiros da Agência Espacial Europeia (ESA).
A oportunidade para jovens aspirantes a engenheiros aeroespaciais deve-se ao facto da UA ter sido uma das três universidades europeias escolhidas para participar na edição de 2025 do Concurrent Engineering Challenge, um dos mais prestigiados programas educacionais da ESA.
O evento, que decorrerá de 7 a 11 de abril no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) da UA, desafia alunos de mestrado e doutoramento a desenvolver um sistema inovador para resolver um problema colocado pela ESA.
A experiência é totalmente imersiva, utilizando metodologias e ferramentas idênticas às aplicadas em projetos reais da agência espacial.
Durante o desafio, os jovens da UA vão trabalhar em equipas multidisciplinares, colaborando e competindo com estudantes das outras duas universidades escolhidas, a Cranfield University (Reino Unido) e o Politecnico di Milano (Itália).
O ambiente de trabalho vai simular o ritmo e a exigência de uma missão espacial, proporcionando uma experiência prática que reforça competências técnicas e interpessoais essenciais para a indústria aeroespacial.
A participação da UA neste programa inclui o desenvolvimento de uma Concurrent Engineering Facility (CEF), um espaço equipado com software especializado que permite a conceção simultânea dos vários subsistemas de um satélite – uma metodologia de trabalho aplicada na ESA.
Pedro Casau, diretor do Mestrado em Engenharia Aeroespacial da UA, explica as três grandes vantagens em participar nesta iniciativa. Em primeiro lugar, aponta o responsável, “proporciona aos alunos uma experiência prática num ambiente de engenharia colaborativa, simulando cenários reais do setor aeroespacial”. Essa abordagem, explica, “permite-lhes aplicar conceitos teóricos a desafios concretos, promovendo uma aprendizagem mais profunda”.
Em segundo lugar, continua o diretor, “os alunos têm a oportunidade de trabalhar em equipas multidisciplinares, o que reforça competências essenciais como comunicação, trabalho em equipa e liderança, todas fundamentais para o sucesso em projetos complexos”.
Por fim, “esta iniciativa expõe os estudantes a tecnologias de ponta e às práticas mais recentes na área aeroespacial, preparando-os de forma mais eficaz para o mercado de trabalho e contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras num campo tão estratégico como a exploração espacial”.
Com esta participação, a UA reforça a sua posição como referência na formação em engenharia aeroespacial, oferecendo aos seus alunos uma experiência única que os aproxima do futuro da exploração espacial.
Texto: UA