A Assembleia Municipal de Aveiro aprovou, por maioria, a 1ª Revisão Orçamental com integração do saldo de Gerência e autorização para a assunção de compromissos plurianuais.
São mais 33,6 milhões que elevam o orçamento a 218 milhões, inflacionado pela gestão do eixo Aveiro – Águeda.
O saldo supera o de 2023, na casa dos 25,7 milhões de euros, o que a autarquia justifica com atraso na gestão de fundos comunitários.
A partir desta quinta, as verbas passam a estar disponíveis ao abrigo do Plano e Orçamento da CMA para 2025.
Da oposição ouviram-se críticas em linha com posições assumidas nos debates sobre plano e orçamento.
António Salavessa, do PCP, lamenta que não houvesse reajustamento das opções, mantendo plano e alterando calendários que empurram a execução de projetos para 2026 e 2027, “condicionando a ação do próximo executivo”.
Salavessa nota que não há alterações nas políticas municipais (com áudio)
As restantes bancadas acentuam as diferenças entre os planos da Maioria e as suas próprias agendas.
BE, PAN e PS deixaram claro que não se identificam com essas políticas.
Decidiram o voto “em coerência” com as diferentes opções e com o voto contra assumido no debate sobre as grandes opções do Plano, no final de 2024.
Admitem, mesmo, que em ano de campanha eleitoral o dinheiro ganhe importância pelo ritmo da ação governativa.
Os partidos da maioria defendem que a governação tem vivido dificuldades comuns às do "país real", com condicionamentos para encontrar empresas de construção e quem cumpra calendários.
O PP diz que o ano é eleitoral mas também “ano normal” sem diferenças para Câmaras governadas por PSD, PS ou PCP.
Ribau Esteves responde que não haverá desequilíbrios ou condicionamentos na gestão a partir de 2025.
O autarca de Aveiro fala em operação meramente administrativa que espelha o país burocrático.
Salienta que relevante é pensar que as verbas do saldo têm fim definido e servem, a partir desta quinta, para acerto e execução de compromissos cabimentados (com áudio)