A marinha da Casqueira está a ser recuperada pela Universidade de Aveiro (UA) para a comunidade universitária e para todos os que a queiram utilizar para atividades de lazer.
Esta obra envolve a recuperação dos muros com material retirado da própria marinha, a abertura de uma comporta, acompanhando os melhoramentos promovidos pelo município na Rua da Pega.
O aluguer anteriormente acordado para produção de salicórnia naquela marinha foi revisto considerando as preocupações de ambas as partes.
Entre as atividades previsíveis, após a conclusão da empreitada que apenas aguarda tempo seco, estão o lazer, a fruição dos tempos livres, a observação e fotografia da fauna e paisagem, mas também atividades náuticas.
Manuel Senos Matias, Pró-reitor para o Desporto na UA, cita o stand up paddling, a canoagem, o windsurf e a iniciação à prática da vela.
As atividades científicas, sendo a marinha propriedade da UA, podem também ser potenciadas como, por exemplo, ensaios de robótica aquática.
Manuel Senos Matias lembra os objetivos do programa do Reitor, que referem a promoção do bem-estar da comunidade universitária e a vontade de abrir ainda mais os campi à cidade e à região.
“Uma Universidade sem muros nem fronteiras”.
“Temos obrigações para a nossa comunidade de mais 20 mil pessoas, entre estudantes, docentes, investigadores e técnicos administrativos e de gestão. Para além de atividades letiva, investigação e trabalho, todos devemos ter à disposição condições promotoras do bem-estar. Esta oferta na área do lazer e atividade física ‘no outro lado da rua’ é diferenciadora em relação a outras Instituições de Ensino Superior. Não beneficia apenas a comunidade da UA, beneficia, também, a cidade e quem nos visita.", afirma o Pró-reitor.
Por outro lado, as marinhas da Casqueira e Santiago da Fonte “são segmentos da frente-Ria da Universidade de Aveiro”, nota Manuel Senos Matias.
“Queremos aproximar, cada vez mais, a Universidade da Ria, da sua envolvente e a recuperação da Rua da Pega cria uma outra relação da cidade e da sua população com a Ria.”
Os termos do contrato de aluguer com a empresa que produz salicórnia foram revistos. O contrato anterior era por trinta anos e a empresa era responsável pela recuperação da marinha. Agora, o contrato é por cinco e cabe à UA a sua recuperação. Sendo os mandatos da Reitoria de quatro anos, deixa-se a futuras Reitorias tempo para repensar a continuação do contrato tendo, neste caso, a empresa concessionária direito de preferência.
Acrescente-se que o período de produção da salicórnia é limitado no ano. Embora a marinha fique visitável durante todo o ano, as atividades náuticas ficam restritas à outra parte do ano.
Texto e foto: UA