Os trabalhadores da Renault de Cacia regressaram hoje à greve, reivindicando aumentos salariais e o fim da precariedade dos contratos. A adesão à greve no primeiro turno "andou na ordem dos 90 por cento, entre os trabalhadores efectivos", disse à Terra Nova, Hugo Oliveira (na foto) da Comissão de Trabalhadores.
Os grevistas estiveram concentrados na zona do portão principal da empresa, de manhã, bem cedo e impediram a entrada de veículos pesados na fábrica.
A administração "não cedeu em nada", referiu. "Pretendemos salários justos para todos e a não existência de contratos precários. Não chegámos a acordo com eles. A adesão chegou aos 90 por cento o que demonstra a indignação dos funcionários. Espero que o problema se resolva. A 14 de Maio voltamos a 'parar' se não houver avanços", referiu.
Em comunicado enviado esta tarde à redacção Terra Nova, o PCP diz estar "solidário com a luta dos trabalhadores" da Renault Cacia. "Esta acção, que conta com níveis de adesão altíssimos, constitui a única resposta possível perante a inflexibilidade da Administração e do Grupo Renault", é sublinhado.