Os sócios do Gafanha votaram, maioritariamente, a favor da autorização para a direção do clube de avançar para a criação de uma SAD para o futebol.
A proposta da Direção do Grupo Desportivo da Gafanha, liderada por João Paulo Ramos, foi votada por 71 sócios que em voto secreto deixaram registados 44 votos a favor do “sim”, 25 votos pelo “não” à SAD e dois votos brancos.
João Paulo Ramos defende que o Gafanha mostrou estar bem vivo. “Esta discussão, calorosa, demonstrou que as pessoas têm interesse que o clube esteja vivo. Saímos todos a ganhar depois deste magnífico exemplo de vivacidade”.
O dirigente assume interesse em desenvolver o processo de criação da SAD que terá um capital inicial de 50 mil euros ficando o clube detentor de 30%.
“Não faço promessas. A única coisa que posso dizer é que lutarei por aquilo que estiver ao meu alcance”.
João Paulo Ramos assume que irá ficar com uma parte do capital estando a ultimar a entrada de um segundo investidor, com preferência para nacionais.
As quotas dos sócios permanecem sob alçada do clube e, nas equipas de formação, apenas juniores A e B ficam sob tutela da SAD.
“Estamos no calor da decisão. O meu compromisso é honrar o clube. Vamos pensar com calma”, referia João Paulo Ramos no final do debate.
A subida de divisão dará lugar ao alargamento do capital social com preferência para os atuais acionistas.
O presidente do Gafanha quer foco no campeonato de Portugal e pretende que a equipa regresse à luta pela promoção no jogo desta tarde com o Merelinense.
“Temos que lutar neste final de época pelos objetivos. Há 27 pontos em jogo. Temos quatro mas se ganharmos todos os jogos ainda é possível subir. É necessário honrar a dignidade do clube”.
O trabalho de concretização da SAD começa, agora, com investidores mas também com parceiros institucionais relevantes como Câmara de Ílhavo e Junta da Gafanha da Nazaré com quem o clube tem protocolos e que são detentores de património.
Membros de anteriores órgãos sociais, como Luís Leitão, Humberto Rocha e Dinis Gandarinho, mostraram-se contra a criação da SAD.