O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta quinta-feira à tarde, o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias para tentar travar os contágios pelo novo coronavírus.
O primeiro-ministro anunciou a medida, que entra em vigor esta sexta-feira, após uma reunião do Conselho de Ministros e referiu que se justifica por um "princípio de precaução" por causa do aumento do número de casos da variante mais contagiosa do SARS-CoV-2, que cresceram de cerca de 08% de prevalência na semana passada para cerca de 20% atualmente.
António Costa afirmou que os 15 dias de interrupção serão compensados noutro período de férias e garantiu que haverá medidas de apoio às famílias semelhantes às que vigoraram durante o primeiro confinamento de 2020.
As creches e os ATL também fecham, anunciou Costa.
"Desejamos que esta interrupção letiva seja de curta duração e tenha compensação no calendário escolar", frisou Costa.
O chefe de Governo garante que adotaram agora novas medidas consoante a evolução dos dados, tendo em conta o aumento, no espaço de uma semana, da nova estirpe britânica nos casos de infeção.
Ainda assim, recorda os efeitos nefastos do encerramento das escolas. "Não há dinheiro que pague o dano que encerrar escolas causa na aprendizagem de uma criança".
Velocidade de transmissão da nossa variante é consensual entre os especialistas e esteve na origem da decisão do Governo. "Mas esta interrupção tem custos", acrescenta Costa.
A escolas ficam, para já, fechadas por 15 dias. Depois disso, a medida será reavaliada.
Apesar da suspensão das aulas presenciais, Costa avisa: "as escolas não foram nem são o principal foco de transmissão”. Como tal, as medidas de proteção individual não podem ser "descuradas".
Pais de menores de 12 anos vão voltar a ter apoio como na primeira fase, anunciou Costa.
O apoio, tal como no primeiro confinamento, corresponderá a 66% do vencimento.
Quanto ao encerramento de fronteiras, está convocado um encontro europeu para esta tarde que ditará a decisão.
Fonte: JN