Região do Centro longe das metas na reciclagem de embalagens.

A Região do Centro está longe da meta nacional para 2025 na reciclagem de embalagens, sendo o vidro o elo mais fraco.

Dados de 2024 reporta uma média de 46,5 quilos por habitante, superando as metas nacionais, mas falha no vidro, onde nenhum sistema de gestão se aproxima da meta de 2025.

Coimbra e Leiria já superam a média nacional de reciclagem, mas Viseu e Guarda continuam muito abaixo, precisando de quase duplicar os valores para atingir a meta de 2025.

De acordo com dados da~Sociedade Ponto Verde (SPV), a região Centro alcançou em 2024 uma retoma média de 46,5 quilos de embalagens por habitante, ultrapassando a meta nacional definida para esse ano (44,9 quilos) e superando o desempenho médio do país, que registou apenas 57,8% de taxa de retoma quando o objetivo europeu para 2025 é de 65%.

Entre 2020 e 2024, o crescimento regional foi de 14%, com dois sistemas de gestão de resíduos urbanos (SGRU) já acima da média nacional e um deles muito próximo de atingir a meta de 59,2 quilos per capita estabelecida para 2025.

Apesar dos progressos, o vidro permanece como o ponto crítico da região.

Em quatro anos, a evolução foi de apenas 10%, passando de 17,2 para 19 quilos per capita.

Nenhum SGRU do Centro se encontra próximo da meta de 2025 e, para os de pior desempenho, seria necessário duplicar as quantidades atuais de recolha para a alcançar.

Com este manifesto regional, a Sociedade Ponto Verde pretende devolver à agenda política local o tema da sustentabilidade.

“Mais do que discutir metas distantes, trata-se de promover soluções concretas, próximas das populações e decisivas para o futuro da região e do país”, reforça Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.