A inovação em Educação foi o tema central de um encontro organizado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), no âmbito do Programa Educ@RA (Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar na Região de Aveiro).
Ribau Esteves, Presidente da CIRA, anuncia a criação de um Observatório, cujo concurso está aberto.
É “uma peça importante que vem para ficar” e que permitirá “observar melhor o que estamos a fazer na área da educação e em outras áreas com impacto mais ou menos direto”, como o ensino profissional, orientando a “formação para poder responder de forma mais adequada ao que são as necessidades de hoje e perspetivar o melhor possível aquelas que vão ser as necessidades do futuro próximo”.
Ainda no âmbito do Educ@RA, vão ser lançados, nas próximas semanas, três concursos: professor inovador CIRA, escola inovadora CIRA e concurso anual steam.
Considerando que os municípios são “um parceiro importante e antigo [do Ministério] na área da educação”, Ribau Esteves abordou a descentralização de competências, afirmando-se defensor desta política e apontando os exemplos de Águeda e Oliveira do Bairro, que já têm contratos de execução formalizados, bem como os dois anos em que Ílhavo também o fez.
“Estamos numa fase de alguma mudança”, disse Cristina Oliveira, Delegada Regional de Educação da Região Centro, sobre a reestruturação de competências na área da educação, defendendo que este processo delega, para as autarquias, “competências administrativas, burocráticas, financeiras”, que permitem libertar os diretores/as “de uma carga burocrática imensa” e de “uma série de processos administrativos pesados” para se poderem dedicar “àquilo que é verdadeiramente importante na escola, as práticas pedagógicas”, esfera onde os Municípios “não têm qualquer intenção de entrar”.
Considerando que inovação e tecnologia são fatores dos quais não se pode fugir, a responsável frisa que o papel do professor será sempre útil, imprescindível.
“Podemos ter toda a informação em todos os meios tecnológicos, mas há uma coisa que uma máquina jamais saberá ensinar, que é saber pensar, reflectir, ter espírito crítico, saber trabalhar em equipa, ter uma sensibilidade estética”, disse, defendendo que “nada pode substituir um professor”.
Na sessão de abertura da conferência, Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, salientou que o Concelho tem-se “afirmado no panorama nacional”, sendo “um dos 14 municípios-piloto no aproximar a educação, precursor da atual descentralização de competências, e estando hoje no pelotão da frente no que à gestão municipal de educação diz respeito”.