A MUBi entregou ao Governo e partidos na Assembleia da República um conjunto de recomendações de medidas prioritárias para o Orçamento do Estado para 2025.
Considera que os incentivos à aquisição de bicicletas utilitárias deverão ser retomados, de forma “mais abrangente e inclusiva”, tendo em conta os grupos sociais de menor rendimento.
Defende o fim do limite no número de apoios disponíveis, de forma a que, cumprindo os requisitos, qualquer pessoa obtenha instantaneamente o apoio, independentemente de quantas outras pessoas já tenham participado no programa.
Espera pelo lançamento de um programa de incentivo à utilização quotidiana da bicicleta, à semelhança dos existentes em vários outros países europeus, recompensando financeiramente os quilómetro pedalados nas deslocações casa-trabalho.
E quer o ensino do uso da bicicleta alargado a todos os alunos dos 1.º e 2.º ciclos.
“São, também, fundamentais apoios para os municípios implementarem alterações no espaço público para melhorar a segurança e conforto de quem se desloca a pé e de bicicleta, e, em especial, a redução das velocidades dos veículos motorizados nas localidades para valores inferiores a 30 km/h”.
Considera que a concretização destas medidas contribuirá para a transição para uma mobilidade urbana mais “saudável, justa, eficiente e sustentável”, reduzindo os custos sociais e ambientais que o Estado e a sociedade portuguesa têm com a elevada dependência do automóvel particular.
A associação defende que pelo menos 10% do orçamento total para transportes seja destinado à mobilidade em bicicleta e outros 10% à mobilidade pedonal.