O movimento feminista “Juntas” insiste na ação de poderes públicos em defesa da segurança das mulheres no ambiente familiar.
Na resposta à pandemia Covid-19, muitas famílias estão em isolamento social, passando mais tempo confinadas em casa em condições que podem levar à intensificação de fenómenos de violência doméstica.
O fecho das escolas dificulta ainda o acompanhamento de crianças em risco.
O Movimento Feminista de Aveiro defende uma ação decisiva dos serviços públicos na resposta à violência doméstica neste período e enviou uma carta a todas as autarquias do distrito a pedir informações e a solicitar medidas concretas para garantir o combate à violência de género.
A Juntas pretende que se continuem a realizar visitas às famílias sinalizadas reforçando igualmente os contactos telefónicos.
Neste processo é essencial preservar a saúde dos profissionais que devem ser munidos de material de proteção individual.
As entidades públicas devem ainda garantir uma resposta “adequada e suficiente” de acolhimento de emergência e reforçar as campanhas de sensibilização e divulgação.
“A Juntas saúda que o recolhimento domiciliário durante o estado de emergência exclua as deslocações para acolhimento de vítimas de violência doméstica e crianças e jovens em risco. É de facto essencial dar prioridade a essa resposta neste momento difícil”.