O Centro Hospitalar do Baixo Vouga precisa de 40 a 50 enfermeiros para funcionar em padrões normais de qualidade.
Essa é a estimativa do Sindicato de Enfermeiros Portugueses que chama atenção para a saída de uma enfermeira que, ontem, terminou contrato sem substituição garantida já esta quinta.
Com as baixas que surgem no corpo de enfermagem, era necessário ter processo ágeis sem depender de autorizações da tutela.
Carlos Neves, representante do Sindicato em Aveiro, revela que esta é uma realidade do dia-dia que deveria merecer regime especial ao nível da autonomia dos centros hospitalares (com áudio)
O Sindicato de Enfermeiros afirma que o atual corpo de enfermagem tem recorrido às horas extraordinárias para compensar a falta de meios e assegura que a administração cumpre com o pagamento atempado.
O problema regressa quando os enfermeiros querem ser pagos em tempo agravando o quadro já complexo. Carlos Neves admite mesmo que os custos com horas extraordinárias sejam superiores a um quadro de recursos humanos mais reforçado (com áudio)
No momento em que algumas unidades do país sentem os efeitos da greve de enfermeiros de cirurgia, o Sindicato diz que Aveiro e outros centros hospitalares poderão vir a sentir os efeitos do alargamento desse protesto se o Governo não der resposta às reivindicações.
"Não temos nada a ver com a greve cirúrgica mas posso dar a minha opinião. Estou convencido que poderá chegar aos outros hospitais e acho que vai chegar a Aveiro".
Carlos Neves entende que o quadro atual de gestão de carreiras é uma uma manta de retalhos com sistemas diferentes por todo o país. A valorização das carreiras, as progressões e a contagem de tempo são questões a exigir clarificação (com áudio)
Os enfermeiros preocupados com a falta de meios no Hospital de Aveiro.