Mais tecnologia, mais fiscalização e com os meios à disposição centrados em locais onde tem sido mais frequente o derrame e a poluição marítima. É desta forma que a Autoridade Marítima Nacional vai enfrentar os desafios de futuro.
A resposta nacional no combate à poluição do mar, foi a 'razão' da intervenção do Comandante João Duarte, da Autoridade Marítima Nacional, no encontro desta manhã, na UA, sobre o tema 'Lixo Marinho Flutuante: Quantidades, Fontes e Consequências para a Fauna Marinha'.
O representante da Marinha assegura que há ideias para atuar no momento e planos para reforçar os meios. (com áudio)
Além de meios que vão assegurar apostas de futuro há hoje tecnologia disponível para cuidar dos oceanos. "Existe a intenção de adaptar navios da classe Tejo e adaptar vários módulos de combate à poluição. No futuro queremos obter embarcações polivalentes de combate à poluição. A Marinha vai receber, agora, dois drones com a possibilidade de chegar a muitos quilómetros de distância para fazer observações com rigor", disse.
Sara Sá, da Sociedade Portuguesa da Vida Selvagem, deixou 'vincado' que os 'corredores marítimos' de acesso a zonas portuárias "estão identificados como alguns dos locais mais sensíveis". "As maiores áreas de lixo marinho coincidem com os corredores que fazem a ligação entre vários continentes a Portugal".
A representante da sociedade portuguesa da vida selvagem falou sobre as consequências da presença de plásticos no mar "como um dos aspetos mais preocupantes". "Pode provocar bloqueios dos sistemas digestivo dos animais. Há animais que ingerem grandes quantidades de plástico e isso é fatal, como por exemplo para as tartarugas", revelou.
A celebração do 'Dia do Ma'r com um painel sobre 'Poluição Marinha: Origem e Consequências', consumous-e em Aveiro, hoje. Foi uma jornada de trabalho promovida pelo Núcleo de Estudantes de Ciências do Mar e pelo Departamento de Física da Universidade de Aveiro.