Portugal ultrapassou, esta sexta-feira, os 200 mil casos de covid-19 desde o início da pandemia, registando o pior dia sempre em número de infeções. Os óbitos são 69, terceiro pior registo de sempre.
Sexta-feira 13, com números assustadores de covid-19 em Portugal. Um recorde de casos diários, pela segunda vez numa semana acima dos 6600 casos, e mais 69 óbitos, o terceiro pior dia de sempre, só superado pelos 82 de quarta-feira e os 78 de quinta-feira.
Nove meses e uns dias depois de diagnosticados os dois primeiros infetados com o vírus da SARS-CoV-2, Portugal ultrapassou os 200 mil casos da doença. E com estrondo, registando um novo máximo diário de 6653 infeções, elevando o acumulado para 204664. Isto é, cerca de 2% da população portuguesa ficou infetada com o novo coronavírus.
Com mais 70 mortes registadas, são agora 3250 as vidas perdidas para a covid-19 desde o início do ano. Em 13 dias de novembro, a doença já levou 743 portugueses, cerca de 23% do total de vítimas mortais desde o início da pandemia. Em outubro, 31 dias corridos, pereceram 497 pessoas por causas associadas à doença.
Hoje, como no acumulado dos nove meses da pandemia, a Região Norte (RN) é a mais afetada pela doença, tendo perdido mais 32 vidas, para um acumulado de 1491 óbitos desde 16 de março, quando a covid-19 reclamou a primeira vida em Portugal. Em termos percentuais, os óbitos a norte representam quase 23% do total nacional, praticamente uma em cada quatro vidas apagadas pela doença causada pelo novo coronavírus.
A situação nos hospitais não dá sinais de abrandar, com o número de internados a subir para 2799 (mais cinco do que na quinta-feira), dos quais 388 em unidades de cuidados intensivos (mais cinco, também). Novos máximos em ambos os casos, com mais 677 pessoas internadas desde que começou o mês, 104 das quais em UCI.
Segundo o boletim diário da DGS, emitido esta sexta-feira, há mais 2891 casos ativos de covid-19 em Portugal, para um somatório de 84032 pessoas infetadas atualmente. O total de contactos em vigilância ascende a 90425, mais 750 do que na quinta-feira.
Das 204 mil pessoas que já sofreram os efeitos da covid-19, mais de metade já está recuperada. Dados desta sexta-feira, com mais 3693 recuperados nas últimas 24 horas, são agora 117382 as pessoas que venceram a doença.
É já do conhecimento comum, e amplamente divulgado por muitos responsáveis, ao jeito de encolher de ombros, que a covid-19 é particularmente fatal para os mais idosos. Os números desta sexta-feira confirmam essa tendência, verdadeira peste negra entre os cabelos mais grisalhos do país: das 69 vítimas mortais, 43 (19 homens e 24 mulheres), tinham mas de 80 anos. Mais de quarenta vidas longas que representam 62% do total diário.
Noutra faixa etária de cabelos grisalhos e brancos, a dos 70-79 anos, perderam-se mais 15 vidas (15 homens e 10 mulheres), enquanto no escalão dos recém-reformados (60-70 anos) foram registados nove óbitos (três homens e seis mulheres). O total diário fica completo com duas vítimas mortais com mais de 50 anos e menos de 59, uma de cada sexo.
Os números confirmam, todos os dias, os efeitos nefastos da covid-19 entre os mais velhos. Um olhar para os 9 meses de pandemia, mostra o impacto do novo coronavírus entre os mais idosos do país: do total de 3250 óbitos anotados, mais dois terços (67%) tinha uma idade superior a 80 anos.
Somando a estes números as 644 vítimas mortais com mais de 70 anos, a percentagem de óbitos entre os seniores mais avançados sobe para 87% (2832 vidas entre as 3250 perdidas).
Números que confirmam uma taxa de letalidade elevada nos escalões mais avançados. Com 16037 casos, o esalão dos 80-89 anos representa 7,8% do total de infeções desde o início da pandemia, mas 67% dos óbitos.
Dos 204664 registos oficiais, cerca de 63 mil foram anotados nos primeiros 13 dias de novembro - um registo difícil de apurar ao certo, tendo em conta que no dia 4 foram registados 7497 casos, dos quais, 3570 anotados com um atraso verificado nos dias anteriores, até 30 de outubro.
O mês de novembro ainda nem a meio vai e já é responsável por cerca de 30% de todas as infeções do SARS-CoV-2, registando cinco dias com mais de cinco mil casos, com máximos de 6653 esta sexta-feira e 6640 no dia 7.
A maioria dos infetados está na Região Norte (RN), que esta sexta-feira também registou um número recorde de 4061 casos, o que equivale a 61% do total diário de casos. Na zona mais setentrional do país, a covid-19 ceifou
Contas feitas, a RN, porta de entrada principal do vírus em março, superou esta sexta-feira a barreira dos 100 mil casos desde 2 de março. Com um acumulado de 101685 infeções, concentra metade (49,7%) dos registos de covid-19 desde o início da pandemia.
A Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT), que somou mais 1773 infeções, tem agora um acumulado de 75014 infeções desde o início da economia, o que equivale a 36,7% do total nacional. Nos 13 dias que leva este mês de novembro, a RLVT registou sempre números acima das mil infeções diárias.
A Região Centro, que registou um número recorde de casos na quinta-feira (749) somou, esta sexta-feira, segundo os dados anotados até à meia-noite de quinta-feira, quando fecham os números recolhidos pela Direção-Geral da Saúde, mais 626 infeções, para um acumulado de 19134 (9,3%) do total nacional.
No Alentejo, com mais 114 casos somados, num dos poucos dias acima da centena diária de infeções, o acumulado está, agora, em 3855, desde o início da pandemia, enquanto o Algarve, que anotou mais 86 positivos, passou a fasquia dos 3800.
Nas ilhas, a Madeira tem agora registadas 614 infeções (mais 14 do que na quinta-feira), enquanto os Açores anotou 19 testes positivos, para um acumulado de 561 desde o início da pandemia.