Um estudo volumétrico, datado de Abril de 2019, mostra semelhanças com o traço do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, aprovado e votado recentemente em reunião de Câmara e Assembleia Municipal.

Esse documento tem servido de base a críticas da oposição sobre o PP do Cais do Paraíso e de investidores locais que apontam o PP como “fato à medida do investidor”.

A rádio universitária apresenta o esboço que levanta, de novo, questões sobre um eventual trabalho orientado para o investimento proposto.

Lembra que não sendo uma questão que se coloque do ponto de vista legal, uma vez que é possível essa coincidência entre um projeto previamente desenvolvido e o Plano de Pormenor que o enquadra, expõe politicamente a iniciativa e pode dar cobertura ao processo litigioso que opõe outros detentores de terrenos no Cais do Paraíso à autarquia.

O caso da família Bóia surge em evidência ao contestar perda de direitos a troco de um PP alinhado com os interesses de outro investidor.

Um braço de ferro que promete seguir nos tribunais ou, em alternativa, ficar decidido depois das eleições com a eventual revogação do PP.

Resta saber se este último quadro poderá desencadear uma guerra idêntica com os investidores que se propõem construir uma unidade hoteleira cinco estrelas de 12 pisos naquela área.

Uma guerra que segue aberta nos planos político e jurídico e que promete permanecer em aberto pelo menos nos primeiros meses do próximo mandato.