Portugal registou um novo máximo de vítimas mortais por covid-19. São mais 221 vidas subtraídas, num dia em que foram reportados 13554 infetados.
A escalada de morte em Portugal não dá sinais de abrandar. Dia a dia o número de mortos supera o registo anterior. Esta quinta-feira são 221 os óbitos reportados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Mais duas mortes do que as 219 registadas ontem e também acima das 218 anotadas na terça-feira, quando o país passou, pela primeira vez, a improvável barreira das 200 vidas perdidas de uma assentada para a covid-19.
No total, desde 16 de março, morreram 9686 pessoas por causas associadas ao novo coronavírus, 2780 nos primeiros dias deste mês de janeiro. Mais óbitos, em 21 dias de 2021, do que as 2507 vítimas mortais contabilizadas entre o início de março e o fim de outubro de 2020.
A Direção-Geral da Saúde reportou, oficialmente, 13554 casos de covid-19 registados até à meia-noite de quarta-feira, quando fecharam as contas. O segundo pior registo de sempre, só superado pelos 14647 casos de quarta-feira.
Os números dão que pensar. Os 21 dias de janeiro somam já 181481 infeções, bem mais que as cerca de 140 mil reportadas nos primeiros sete meses de pandemia, de março a setembro. Mais 24 mil que o total do negro novembro, que era o pior mês de sempre, com 156782 casos.
Desde 2 de março, quando foram detetados os dois primeiros casos de covid-19 em Portugal, foram já identificadas oficialmente 595159 infeções.
O "caos" e a "situação dramática" dos hospitais fica patente nos números do relatório da DGS: O total de internados não pára de subir e está, agora, em 5630, contando com mais 137 internamentos nas últimas 24 horas, dos quais, 21 em estado grave - os doentes em Unidades de Cuidados Intensivos são agora 702.
Com mais 7450 infeções, são agora 151226 os casos ativos de covid-19 em Portugal. Doentes que obrigam a confinamento e vigilância 192900 cidadãos, mais 8866 do que na quarta-feira. Contas feitas, há 344126 portugueses doentes ou travados pela doença neste momento.
Os recuperados são agora 434237, mais 5873 do que ontem. Números conhecidos num dia em que a exceção à rega reportou duas mortes nas faixas etárias normalmente menos afetadas, falando de adultos em idade laboral: registou-se uma morte (uma mulher) com menos de 30 anos (24 no total desde o início da pandemia) e outra (de um homem) no escalão etário seguinte - 86 desde março de 2020.
No escalão etário acima, dos 50-59 anos, foram reportados oito óbitos, sete homens e uma mulher. Um número superior ao da média diária para esta faixa etária, que contabiliza 256 óbitos desde o início da pandemia, 2,6% do total nacional.
Dados que indiciam uma ligeira alteração nos padrões da morte por covid-19, pelo menos nos registos desta quinta-feira. O escalão mais afetado, o de cidadãos acima dos 80 anos, concentra 65% dos óbitos deste dia (59 homens e 86 mulheres, para um total de 145). Uma percentagem abaixo da total desta faixa, que é de 67% a nível nacional, à custa de 6525 vidas perdidas, 2959 homens e 3566 mulheres.
O escalão imediatamente anterior regista uma percentagem de óbitos ligeiramente superior à média acumulada, 21%, ao reportar 47 óbitos, 28 homens e 19 mulheres. No total, são 1975 as vítimas na faixa entre os 70-79 anos, 20% do total.
Na faixa etária dos 60-69 anos, há 809 óbitos oficialmente associados à doença, 19 dos quais nas últimas 24 horas, o que corresponde a cerca 8,5% do total nacional de vidas perdidas.
A Região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afetada, neste momento, pela pandemia. Reportou, esta quinta-feira, mais 5401 casos, passando as 200 mil infeções (202712), e 85 óbitos (3515 no total). O entorno da capital continua com mais de cinco mil casos diários pelo terceiro dia consecutivo.
A Região Norte, a mais afetada em termos globais, que contabiliza 270894 casos e 3919 mortes acumuladas desde o início da pandemia, 4510 infeções e 53 óbitos esta quinta-feira.
Ao centro, foram reportados mais 2539 casos de covid-19, no dia em que a Região Centro registou um novo máximo de óbitos: 59, para um total de 1598 mortes e 81492 infeções.
O Alentejo registou um novo máximo de casos, 638, ultrapassando a barreira das 20 mil infeções (20230), e mais 16 mortos (463 no total).
Mais a sul, o Algarve somou 355 novos casos, 13711 no total, e oito óbitos, para um total de 140 mortes desde o início da pandemia.
Nas ilhas, nas últimas 24 horas não foram registados óbitos. Há mais 23 casos nos Açores (3116 no total) e 78 na Madeira (2994 no total).
Fonte: Lusa