O Diretor do Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar do Baixo Vouga não hesita em classificar o ano de pandemia como um dos "mais desafiantes" pelo grau de exigência considerando que soube adaptar-se às circunstâncias.
Elmano Ramalheira comentava a evolução e as diferentes fases atravessadas entre Março de 2020 e Março de 2021.
Foi há um ano que o Laboratório de Patologia Clínica do Centro Hospitalar do Baixo Vouga deu início à pesquisa de SARS-CoV-2.
Desde então, foram inúmeras as alterações implementadas no Serviço e a administração realça a “excelência da resposta por parte dos profissionais que se viram confrontados, quase diariamente, com novos desafios”.
Desde 19 de março de 2020 até ao dia 21 de março do corrente ano, foram realizados 51 840 testes ao SARS-CoV-2, pelo Laboratório de Patologia Clínica do CHBV, dos quais 3894 tiveram um resultado positivo.
Pelo caminho surgiram formações em Biologia Molecular, alargamento de equipas, funcionamento 24 sobre 24 horas e apoio de meios da Universidade de Aveiro e de outras unidades hospitalares.
Atualmente, o Laboratório dá resposta, não só às áreas COVID, mas também já retomou o seu normal funcionamento, de apoio a toda a atividade clínica.
Elmano Ramalheira é o Diretor do Serviço de Patologia Clínica do CHBV e não hesita em considerar que este foi um dos anos mais desafiantes.
“A pandemia tornou o nosso Serviço mais capacitado, mais motivado, mas também mais cansado. Respondemos a todos os desafios que, diariamente, nos foram surgindo e tivemos de pôr à prova a nossa capacidade de adaptação. Correu muito bem porque a base foi o trabalho em equipa, de forma comprometida e colaborante”.
Para o Diretor do Serviço de Patologia Clínica do CHBV, esta pandemia consolidou a importância da Biologia Molecular que considerada futuro e presente.
“Já não é só o futuro, é o presente. E se isto é verdade ao nível nacional, é com toda a certeza verdade ao nível do nosso laboratório que passou de 2 para 7 profissionais dedicados a esta área.”
Também para o Diretor Clínico do CHBV, Frederico Cerveira, médico especialista de Patologia Clínica, o desempenho do Serviço merece nota positiva.
“Foi extraordinário e fundamental para a gestão atempada da Pandemia na Região, e creio que ficou evidente a importância da Patologia Clínica na sua capacidade de adaptação tecnológica e de organização, fundamental em contexto hospitalar, mas também importante na articulação com entidades exteriores, nomeadamente a Universidade de Aveiro”.
O Serviço de Patologia Clínica do CHBV conta, hoje, com 40 profissionais, de entre os quais 5 médicos especialistas e 4 médicas internas de especialidade, 4 Técnicos Superiores de Saúde, 24 Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, 3 Assistentes Operacionais e 1 Assistente Técnico.
Processa, em média, 250 a 300 pesquisas diárias para o vírus SARS-CoV-2 sendo que, em concreto tem capacidade de realizar testes de biologia molecular por RT-PCR em distintos equipamentos (sistema m2000RT, GENEXpert, VitaPCR, Bio-RAD CFX -96 e por Imunocromatografia TRAg).