Coletivo escreve carta aberta sobre funcionamento do canil de Ílhavo.

Um coletivo ilhavense escreve uma carta aberta à Câmara de Ílhavo a questionar a autarquia sobre bem-estar animal.

Sob a designação “grupo informal”, o Grupo Cívico de Aveiro explica que alicerça a sua posição em informações que circulam entre ativistas da causa animal sobre a gestão do canil.

Explica que se dirige à autarquia por considerar que é “peça chave da gestão animal” e o Canil “uma das nossas maiores preocupações”.

A observação direta e os relatos de munícipes de Ílhavo levam o grupo cívico a questionar a autarquia sobre “possível falta de comida”, “insuficiente higiene das jaulas” e material precário.

Alega que se gera um quadro de “sinais de angústia e de stress” nos animais ali acolhidos.

Questiona a câmara sobre a qualidade de assistência e avaliação clínica, sobre a reabilitação de animais com carências especiais, sobre o papel do médico veterinário, formação de tratadores, método de seleção das adoções e sobre a prática da eutanásia.

O grupo cívico quer saber se está a ser utilizada como “solução” para a sobrelotação.

Na lista de pedidos formulada, há questões sobre a execução do programa capturar-esterilizar-devolver.

O coletivo diz que há sinais de “insucesso do programa CED” e no caso das matilhas e afirma que não há ações visíveis do Município.

Finalmente, apela ao reforço de meios quanto a clínicas veterinárias de suporte.

Diz que a que presta serviço à Câmara não consegue resposta a todas as situações, urgentes e não urgentes.

Alerta ainda para a necessária clarificação no funcionamento do canil com regras bem definidas e conhecidas para evitar tratamentos discriminatórios.

“É preocupante verificar que apesar do aumento dos recursos humanos alocados ao Canil, não verifica expectável melhoria dos seus serviços, mas sim o contrário.

Mais do que incluir o bem-estar animal nos programas eleitorais, o que se espera é uma intervenção positiva, com os recursos disponíveis, para a melhoria efetiva da qualidade de abrigo do Canil Municipal e para que os funcionários municipais exerçam a sua atividade de forma mais atenta e cuidada, respeitando os seres vivos que devem proteger”.