A ADERAV assume-se mostra-se favorável à elaboração de um plano de pormenor para o Cais do Paraíso mas é contra a construção de um hotel com 12 andares naquela área.
Entende que construções em altura, dissonantes da paisagem, devem enquadrar outras parcelas do território.
Diz que toma hoje uma posição “exatamente igual” aquela que, em 1981,tomou perante a autorização para a construção na zona central da cidade, de um edifício-torre, com 32 pisos, o designado “Edifício Rumo”, então proposto pela Câmara de Aveiro.
“A Direção disponibiliza-se, como sempre se disponibilizou, para colaborar e trabalhar com as entidades competentes na eventual redefinição do Plano de Pormenor em questão”, conclui um documento em que a ADERAV toma posição pública.
Recorde-se que entre os candidatos à presidência da autarquia apenas Luís Souto Miranda defende o Plano de Pormenor aprovado em reunião de Câmara e Assembleia Municipal,curiosamente um antigo presidente da ADERAV.
A Associação para a Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro entende como benéfico a existência de uma Plano de Pormenor mas não a solução aprovada em final de mandato.
Ente os sinais positivos regista-se a reabilitação do Moinho de Vento ali implantado e em sentido contrário a possível autorização a um hotel de 14 pisos (12 acima do solo e 2 abaixo do solo).
Afirma que a volumetria e a altura são “manifestamente excessivas”, tornando o edifício “desenquadrado do tecido urbano consolidado” e elemento “provocatoriamente dissonante na paisagem aveirense”.
“Será, clara e assumidamente um elemento dissonante o que trará implicações na leitura do conjunto paisagístico e urbanístico. A executar como proposto, tratar-se-á de uma estrutura fortemente desarmónica do conjunto urbano e ambiental, transformando de modo irreversível o encontro suave entre o plano da laguna e a entrada no núcleo urbano, indo ao arrepio das melhores práticas urbanísticas. Ademais esta proposta menoriza a maior valia patrimonial e paisagística que esta região apresenta. Aveiro tem um skyline/silhueta e um plano de ocupação em tudo contrário ao agora proposto”.