A distrital de Aveiro do PAN está preocupada como a forma como está a ser operacionalizada a estratégia para os transportes colectivos com a redução dos passes.
Numa leitura à medida implementada em Maio, o Pessoas – Animais – Natureza afirma que a Câmara Municipal de Aveiro e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro “limitaram-se a utilizar as verbas disponibilizadas pelo governo para baixar os preços de alguns tarifários específicos” mas defende que é “necessária muito mais ambição e vontade para realizar uma efetiva transformação nos hábitos de mobilidade da região”.
O Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART) na Região de Aveiro entrou em vigor no dia 1 de Maio.
Apesar de considerar a medida como “positiva” o PAN lamenta o “atraso” na implementação e a aposta resumida a passes intermunicipais, inter-regionais com a CIM Região de Coimbra e no Município de Aveiro.
“Conclui-se assim que a oferta de transportes públicos urbanos e intra-municipais nos restantes concelhos da região é inexistente ou alvo de discriminação negativa por parte da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA)”.
E nota a falta de “estratégia de simplificação tarifária” por parte do Município de Aveiro ou da CIRA, de forma a atrair mais passageiros para os transportes coletivos.
“Veja-se o exemplo da AM de Lisboa, em que com o mesmo passe Navegante Metropolitano (40 €) é possível viajar por todos os 18 municípios da AML e em todos serviços de transporte público (comboio, autocarro, barco, eléctrico, metro, etc.). Na região de Aveiro, os passes dos utilizadores estão restringidos a percursos fixos ou zonas limitadas, e quem quiser utilizar, por exemplo, comboio e autocarro nas suas deslocações, tem de adquirir 2 passes diferentes, com distintos sistemas de bilhética e sem qualquer desconto pelo conjunto”.
Diz que falta o passe familiar e lamenta que seja mais “fácil, cómodo e, por vezes, até mais barato” viajar de Aveiro até ao Porto, do que por exemplo entre Aveiro-Ílhavo, Aveiro-Águeda ou outros municípios da CIRA.
“É também inadmissível que quem necessita de trocar de autocarro para realizar um só percurso entre 2 pontos no município de Aveiro, tenha de pagar 2 viagens”.
A leitura sobre mobilidade é também o momento para pedir contas ao executivo aveirense sobre a implementação do sistema complementar de transporte público rodoviário a pedido, dirigido aos residentes em zonas periféricas e de menor densidade populacional, “tal como constava no programa eleitoral da coligação PPD/PSD, CDS-PP, PPM”.