A maioria independente na Câmara de Ílhavo prepara-se para fechar o mandato autárquico com o orçamento mais elevado na história da autarquia mas a oposição entende que essa não é necessariamente uma boa notícia.
No dia em que foi aprovado Plano e Orçamento com valores de referência nos 70,2 milhões de euros, a maioria diz que chega o momento de mostrar resultados de três anos de trabalho preparatório.
João Campolargo destaca os investimentos que estão em fase de arranque nas escolas, com 21 milhões de euros - a percentagem mais elevada do orçamento -, os 11,3 milhões para habitação e os 8,1 milhões para reabilitar e ampliar centros de saúde.
O autarca faz a defesa da aposta na reabilitação explicando que museu, centro de documentação e cais criativo da Costa Nova vão receber investimentos de manutenção.
Destacou, ainda, 2025 como ano de arranque da aplicação do plano estratégico para a cidade da Gafanha da Nazaré e o prolongamento da vias do Museu Marítimo e do Centro de Saúde de Ílhavo abrindo novas frentes de expansão urbana.
Na cidade de Ílhavo anuncia-se o arranque da obra da Casa das Associações nas antigas instalações do quartel da GNR, junto ao Tribunal.
A autarquia confirma, ainda, que sai do plano a ideia avançada ao tempo de Fernando Caçoilo de criar condições para a musealização do navio Argus, no Jardim Oudinot.
Com o PS ausente, os vereadores do PSD assumiram a leitura sobre os planos da autarquia para o último ano de mandato.
Paulo Nunes e Fátima Teles questionam a gestão financeira acusando a maioria de “falta de ambição”.
Dizem que a autarquia reuniu ao longos dos últimos três anos condições financeiras para poder executar projetos e estruturas que não viram a luz do dia.
E lamentam que a relação com a banca seja diabolizada quando poderia ser alavanca de investimentos na execução do PRR e na transição entre quadros comunitários de apoio.
Foi criticada a ausência de referencia às Juntas de Freguesia e de programas e estratégias para combater a solidão e isolamento dos idosos.
Para Sociais Democratas e PS, que tinha a sua declaração de voto preparada para justificar a abstenção, Ílhavo segue em bloqueio.
Assumem a abstenção como forma de viabilizar os mecanismos de governação mas acusam a maioria de “falta de visão política e ambição” (com áudio).
João Campolargo faz a defesa dos três anos de mandato e o lançamento de um último ano que vai ficar marcado pelo orçamento recorde.
O autarca diz que a oposição quer desvalorizar os méritos da sua equipa na criação de condições para lançar as bases de um ciclo de investimentos que vão marcar as próximas décadas.
E diz que isso se deve ao trabalho da sua equipa (com áudio)