"Mensagem de solidariedade e da paz do Papa Francisco, encontramo-la também nas ideias da revolução dos cravos” - Luís Souto (AMA).

Luís Souto Miranda recorda o Papa Francisco como marca de um tempo que deve inspirar Aveiro, o país e o mundo.

O presidente da Assembleia Municipal de Aveiro aproveitou o discurso do 25 de Abril em sessão especial da Assembleia para destacar a identificação dos valores do Papa com os valores de Abril.

Souto recordou a mobilização dos jovens da cidade para as jornadas mundiais da juventude.

“Ao repto do Todos, todos, todos que ecoou pelo Mundo, em Aveiro devemos garantir que ninguém fique para trás na nossa caminhada coletiva rumo ao crescimento e desenvolvimento. A mensagem de solidariedade e da paz do Papa Francisco, encontramo-la também nas ideias da revolução dos cravos”, declarou Luís Souto.

O presidente da Mesa lembra que no exercício de funções colocou como “ponto de honra”a devida evocação do 25 de abril.

“Espero que quem me suceder possa manter esta nova tradição aveirense, em linha com os elevados pergaminhos da nossa história enquanto cidade associada a momentos-chave da luta pela Liberdade, como sejam a revolta liberal de 16 de maio de 1828, ou os congressos da oposição democrática, de cujo último, podemos recordar através da exposição patente junto ao mercado Manuel Firmino, junto ao antigo cineteatro avenida, local para sempre ligado à luta pela democracia em Portugal”.

Além dos valores de Abril, Souto destacou os ganhos em qualidade de vida com 51 anos de democracia e a integração na UE.

E as perdas de um tempo de informação mediatizada pelas redes sociais sem a mesma mobilização pelo “convívio e discussão de ideias”.

O perigo de um “certo desligamento do sentido de comunidade” não põe em causa o sentido de liberdade e, segundo Souto, as novas ferramentas de comunicação representam “enorme potencial de afirmação da liberdade e de auscultação do sentir das populações e o poder democrático não as pode ignorar, deve mesmo ir ao encontro dos cidadãos através dos novos canais”.

Ainda assim avisa que a democracia “não pode ser ingénua” e deve ter “mecanismos de defesa, sob pena de cairmos em novas formas ditatoriais”.

Finalmente, destacou os atos eleitorais em 2025 (Legislativas e autárquicas) para os quais pediu participação “com ética”.

Diz que o direito à livre expressão não pode “transformar-se num campo de batalha sem princípios éticos, num palco dos piores instintos da condição humana”.

O também candidato autárquico evitou misturar os dois planos e deixou apenas apelo à participação cívica.

“Aveiro terá a responsabilidade de aprofundar os mecanismos da participação democrática dos cidadãos, explorando as ferramentas mais atuais ao dispor dos órgãos autárquicos, incluindo a IA, mas sem por em causa, bem pelo contrário, a eficácia da prestação dos serviços ao cidadão e a resposta aos enormes desafios do desenvolvimento do nosso município”.