As questões natureza ambiental com incidência no ecossistema da Ria de Aveiro dominaram a reunião que juntou os dirigentes do movimento MARIA com a cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Aveiro do PSD, Ana Miguel Santos, às eleições legislativas de 6 de outubro.
A reunião, que decorreu simbolicamente no Cais dos Bacalhoeiros da Gafanha da Nazaré, junto à Ria, permitiu ao Movimento de Amigos da Ria de Aveiro fazer uma caracterização dos problemas que, na sua perspetiva, merecem maior atenção dos decisores e dos poderes públicos.
O tema do desassoreamento já estava na agenda política da candidatura de Ana Miguel Santos mas o Maria juntou a possibilidade de extensão das atuais obras em curso às infraestruturas e marinas dos clubes náuticos e da pesca artesanal em todo o perímetro da laguna.
Tema “consensual” que abriu caminho ainda à análise do futuro modelo de gestão da ria com envolvimento de atores locais.
“Na perspetiva do MARIA, o futuro órgão de gestão da Ria de Aveiro deverá integrar ainda um conselho científico consultivo que dê e garanta sustentabilidade e rigor às decisões que venham a ser tomadas, tendo em conta os necessários equilíbrios e a complexidade do ecossistema e enquadre os crescentes fenómenos relacionados com as alterações climáticas”, explica o Movimento.
Tal como nos encontros com outras forças partidárias, o Maria entregou uma cópia da Carta de Princípios do Movimento e explicou as razões que determinaram o seu aparecimento.
Realçou que a sua ação “emana diretamente de uma necessidade sentida da sociedade civil”, que se organizou em defesa daquilo que considera ser o mais valioso património socioeconómico de toda a região.
Ana Miguel Santos, por sua vez, disse “identificar-se” com a base e com os princípios que estão subjacentes ao surgimento do MARIA, sublinhando que as preocupações ambientais partilhadas pelo Movimento são hoje de “natureza consensual” e merecem o “acolhimento da sua candidatura”.
O dia da candidatura passou pelo concelho de Ílhavo em contactos com a associação de pesca artesanal, empresários e movimento cívico.