Luís Souto Miranda mantém confiança política em Catarina Barreto. Oposição pede respostas.

Luís Souto Miranda mantém confiança política na autarca de Aradas e recandidata pela Aliança com Aveiro.

Poucas horas depois de ter sido tornado público que a autarca chegou a estar inscrita na ADSE, durante 5 anos, sem o poder fazer, tendo mais tarde devolvido verbas, o cabeça de lista à Câmara de Aveiro aceita a explicação de “erro administrativo”.

Luís Souto diz que não há razão para mudar essa posição.

Reforça a confiança na autarca de Aradas que atribuiu a inscrição na ADSE a erro administrativo da Junta por si tutelada e aceite pela própria ADSE.

Uma denúncia anónima viria a desencadear o processo que acabou na correção da situação e devolução de verbas em 2022.

“Não há qualquer situação de corrupção, nem processo judicial”, declarou o candidato da AD ao site Notícias de Aveiro que vê Catarina Barreto como vítima de ataques de carácter e queixas do movimento independente “Sentir Aradas”.

Paula Urbano, presidente da concelhia de Aveiro do PS e candidata na lista de Alberto Souto, já comentou o caso.

Afirma que se trata de uma questão ética que merecia olhar especial por parte da candidatura da AD.

Acusa Catarina Barreto de ter fugido ao esclarecimento público do caso.

“Não é a oposição que denigre a imagem da presidente da junta de freguesia de Aradas. São os seus comportamentos. Validados pelo candidato da coligação Aliança com Aveiro a Câmara Municipal”.

Para o Chega as explicações não chegam.

Diogo Soares Machado entende que Luís Souto não está a ser coerente com o que tinha dito há semanas caso se confirmasse a irregularidade.

“Afirma que não disse o que todos sabemos que disse, insulta os adversários políticos chamando-lhes analfabetos, faz mais uma pirueta e mantém a confiança na ainda Presidente de Junta e cabeça de lista a Aradas”.

O cabeça de lista do Chega à Câmara de Aveiro que foi obrigado a mudar de candidato à Junta de Aradas por um caso do passado associado a uso de meios do INEM, acusa a AD de querer dar por encerrado um caso com perguntas em aberto.

“Mas ficamos todos a saber que a Aliança e o seu cabeça de lista à Câmara Municipal de Aveiro levam nas suas listas alguém capaz de agir desta forma despudorada, ilegal e inaceitável, alguém que o TAF condenou a ser transparente, alguém que, para sacudir a água do seu capote, não hesita em atribuir culpas pela sua acção dolosa aos funcionários da JF de Aradas e à ADSE, quando, na sua qualidade de jurista ou advogada, era sua obrigação saber o que diz desconhecer: um autarca eleito não pode descontar como funcionário da autarquia para a qual foi eleito”.