Um homem que manteve com Ílhavo uma relação especial com o mar como ponto de contacto.
É desta forma que a Diocese, a autarquia de Ílhavo e o Centro de Religiosidade Marítima falam de D. Júlio Tavares Rebimbas.
No dia em que assinalava o centenário do nascimento, o Município inaugurou uma exposição no Centro de Religiosidade Marítima.
Trata-se de uma exposição foto biográfica, na qual se realçam as qualidades de padre, nos 16 anos empenhados como prior em Ílhavo, e de um Bispo e Arcebispo nas Dioceses do Algarve (1965), Lisboa (1972), Viana do Castelo (1977) e Porto (1982).
Foi “Bispo do Mar” para as gentes de territórios marítimos e deixou marcas dessa ligação em obras sociais por onde passou.
Em Lisboa, nos anos 70, benzia as embarcações que partiam para a pesca e era voz habitual no programa de rádio “Hora da Saudade”.
Hugo Calão, do Centro de religiosidade, revela que essas marcas ficaram pela atenção que dedicava às famílias ávidas de contacto com as embarcações da pesca longínqua (com áudio)
A exposição “D. Júlio Tavares Rebimbas: centenário, exposição e fotobiografia” reúne memórias e objetos do sacerdote querido dos ilhavenses, permanecendo no Centro de Religiosidade Marítima até 15 de agosto, com visita gratuita.
Património que o bispo sempre quis reservar para um espaço deste tipo e que anos mais tarde viria a ser concretizado em Ílhavo.
D. Júlio Tavares Rebimbas nasceu no Bunheiro, a 21 de janeiro de 1922, filho de uma família modesta, à beira da Ria de Aveiro, tendo encontrado o seu caminho no seminário, onde se tornou sacerdote.
Faleceu aos 88 anos, a 6 de dezembro de 2010, depois de uma vida inteira dedicada à Igreja de norte a sul de Portugal.
Em sinal de gratidão, doou a Ílhavo a sua cruz peitoral oferecida na sua ordenação a Bispo do Algarve, a 26 de dezembro de 1966, atualmente exposta no Centro de Religiosidade Marítima.
O Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, adianta que se trata de uma figura marcadamente “pastoral” capaz de guiar as comunidades e um exemplo que deve ser evocado (com áudio)
Da parte da autarquia, João Campolargo reconheceu o esforço do Bispo e os muitos sucesso alcançados com obras que perduram e que mantiveram sempre viva a ligação à comunidade (com áudio)