O Ministério da Saúde manda reavaliar o Plano de Negócios da Unidade Locar de Saúde de Entre Douro e Vouga. Depois dos protestos de Ovar, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde acaba de informar que “o Ministério da Saúde entende que o processo de constituição da ULSEDV, nomeadamente o Plano de Negócios deve ser reavaliado, de forma a incorporar sugestões e comentários enviados” pelo Município de Ovar, tendo sido adiantado que será solicitada à ARS–Norte que proceda a essa reflexão e que, num período de seis meses, possa ser elaborada uma segunda versão do projeto.
Recorde-se que, após ter sido convidado, pelo Ministério da Saúde, a apresentar contributos ao Plano de Negócios da ULSEDV, o presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, reuniu todos os representantes dos serviços públicos de saúde do Concelho de Ovar, incluindo a Liga de Amigos do Hospital de Ovar, os Vereadores, o Presidente da Assembleia Municipal, os Presidentes das Juntas de Freguesia e os representantes das forças partidárias com assento nos órgãos autárquicos tendo manifestado desacordo em relação ao documento em discussão.
Em análise o designado Plano de Negócios da ULSEDV, EPE, remetido pelo Secretário de Estado da Saúde, e que resume a posição do grupo de trabalho por si constituído, para a inclusão do Hospital de Ovar e Rede de Cuidados Primários de Ovar (Centro de Saúde e USF do concelho) numa nova Unidade a criar (ULSEDV – Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga) em torno do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (centrado no Hospital da Feira).
Em desacordo com o referido Plano de Negócios e na defesa do Hospital de Ovar no SNS (Serviço Nacional de Saúde), com autonomia técnica e administrativa, como Hospital de proximidade e unidade de interface com outras Unidades, assim como na defesa intransigente de toda a rede de cuidados de saúde primários, foi reiterada a necessidade de garantir, a promoção da defesa da saúde pública de forma relevante e a não diferenciação dos organismos prestadores; A continuidade da valorização da saúde no Concelho, de modo integrado, em rede com todas as estruturas vigentes e uma eficiente e pronta emergência pré-hospitalar, reequacionando a mais-valia de uma urgência básica no Hospital Francisco Zagalo e a articulação com os meios VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) necessários.
Salvador Malheiro mostrou-se satisfeito com a sensibilidade do Ministério da Saúde em acolher os contributos enviados, revelando que “não podia ser de outra forma. O nosso parecer, feito de forma muito construtiva, apresenta uma série de sugestões e reivindicações conducentes a uma melhoria do sector da saúde no nosso Município. Agora resta-nos aguardar pela segunda versão do projeto, analisá-la novamente com todos os interlocutores, sendo certo que pugnaremos sempre pela melhoria dos cuidados de saúde no nosso concelho”.