O desemprego no Distrito de Aveiro em Dezembro de 2015, segundo a União de Sindicatos de Aveiro (USA), é de 33.606 pessoas, mais 332 que em Novembro de 2015.
A estimativa, foi feita e apresentada à Comunicação Social, no final da semana passada. "Em Dezembro de 2015, o número de desempregados registados no Distrito era de 33.606, ou seja, 6,45% do Continente (521.611)", é referido pelos sindicalistas. A variação mensal foi de 0,96% no continente e de 1%, no Distrito.
O número de desempregados registados "representa 9,61% da população activa" do Distrito.
Em termos de variação mensal o desemprego registado aumentou em 12 Concelhos (Arouca Aveiro, Castelo de Paiva, Espinho, Estarreja, Ílhavo, Mealhada, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Ovar, Vagos e Vale de Cambra), tendo diminuído nos restantes 7 Concelhos (Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Feira, Oliveira do Bairro, São João da Madeira e Sever do Vouga).
"As mulheres continuam a ser mais afectadas". São 19.162 em Dezembro 2015, 57,02% dos desempregados registados no Distrito. Os desempregados de longa duração atingem 16.799 trabalhadores. O desemprego registado dos jovens, com idade inferior a 34 anos, é de 11.122. O desemprego registado na faixa etária dos 35 aos 54 anos, é de 14.533. Na 'leitura' da USA, Aveiro "continua a ser o quinto Distrito com mais desemprego registado".
Em termos anuais "o desemprego registado no Distrito de Aveiro decresceu em 2.582 desempregados registados, seguindo a tendência nacional que decresceu cerca de 43.000 desempregados inscritos", de acordo com os dados publicados pelo IEFP. Por outro lado, a Segurança Social calcula que são menos de 41% do total de desempregados no país, estimados pelo INE, que estão a receber prestações sociais relacionadas com o desemprego.
Para a USA "um dos traços que caracterizou a actuação do governo do PSD/CDS, foi a manipulação estatística dos dados do desemprego em detrimento de uma análise séria e objectiva da situação, como se exige", sublinha, adiantando que "na azáfama de ajustar a realidade aos seus desígnios políticos, o Governo PSD/CDS, chegou mesmo ao desplante, de por mais que uma ocasião, contrariar os dados de um organismo oficial, o INE".
"No quadro dessa manipulação estatística enquanto elemento de propaganda, o Governo, na análise à realidade do desemprego no país, por exemplo, omitiu a taxa de emprego, as centenas de milhares de portugueses que foram forçados a emigrar, a colocação de milhares de trabalhadores nas chamadas medidas activas de emprego e de formação profissional, a anulação de milhares de desempregados dos ficheiros e consequente anulação do subsídio de desemprego por razões administrativas, as ocupações temporárias de desempregados transformados em ocupação de postos de trabalho efectivos, que no mês de Dezembro eram (7.690) 22,88% dos desempregados registados, bem como outras formas de precariedade laboral. Trata-se de um comportamento inaceitável, que a União dos Sindicatos de Aveiro denunciou e condenou, que espera e reclama, que seja alterado pelo actual Governo", concluem.