A ADSE confirma o uso indevido do sistema de saúde pela autarca de Aradas entre janeiro de 2018 e novembro de 2022 até que uma denúncia anónima terá levado este caso a uma exposição que conduziu à sua saída do sistema e à devolução de verbas recebidas indevidamente.
O tema que tem marcado a campanha em Aradas conhece novo desenvolvimento.
A oposição há muito reclamava acesso a documentos e a questão arrastava-se entre debates políticos e queixas judiciais.
Agora é conhecido este desfecho no decurso de uma investigação da Rádio Universitária que recebeu a informação da ADSE sobre o histórico desse caso.
Um processo que terminou pouco tempo depois de uma carta anónima a denunciar o caso.
Catarina Barreto alega que se trata de erro administrativo dos serviços por si tutelados quando a inscrição foi feita junto da ADSE.
Quase dois anos depois o assunto desaba sobre a campanha da AD, já depois de vários dirigentes e candidatos terem pedido uma tomada de posição ao cabeça de lista à Câmara, Luís Souto, para que retirasse a candidatura de Catarina Barreto da corrida eleitoral.
A autarca de Junta, recandidata ao terceiro mandato, diz que foi vítima de “erro administrativo” e que a situação foi regularizada em 2022.
Alega que o Ministério Público já tinha “aberto inquérito e proferido despacho de arquivamento” por “não haver qualquer indício de prática ilegal ou ilícita”.
“Não posso admitir que um erro de natureza administrativa e contributiva, validado pela própria ADSE, que após ser conhecido, prontamente foi por mim resolvido, se queira utilizar, nesta campanha eleitoral, com o único objetivo de atingir a minha pessoa e atacar a minha seriedade e bom nome”.
A autarca alega que não praticou “qualquer ilegalidade”, nem retirou “proveito ilícito do sistema da ADSE”.
“Concluo, reiterando, que tratou-se de um erro administrativo, que não foi praticado por mim e que contou com a responsabilidade da própria ADSE, e que logo que verifiquei a situação, diligenciei no sentido de a regularizar, o que aconteceu de imediato”.