Sérgio Lopes, presidente do PS de Ílhavo e membro do executivo na equipa de vereadores da oposição (na foto), analisa os dois anos de mandato autárquico e conclui que não há “nada de novo da parte do PSD”.
Uma análise que o PS centra nas posições diversas, no diálogo com as forças vivas do concelho, no estabelecimento de mecanismos de reforço da participação cívica e política dos munícipes.
“Exemplos maiores dessa indiferença perante o patente afastamento entre eleitos e eleitores, são a fraca prioridade dada à implementação do Orçamento Participativo e à instalação do Conselho Municipal de Juventude”.
Outra das análises está colocada no processo de descentralização de competências em áreas como saúde, justiça e bem-estar animal, entre outras.
“No presente mandato, persistem os atrasos estruturais na política seguida pelo PSD aos mais diversos níveis: a promessa de dotar todo o concelho de saneamento básico continua a ser uma miragem; o concelho continua de costas voltadas para a Ria de Aveiro, desperdiçando um dos maiores ativos do nosso território; o aprofundamento do papel da Câmara na garantia de igualdade de oportunidades e de sucesso na frequência do sistema de ensino persiste desprezado; o apoio às associações, nomeadamente as de índole social, continua bastante aquém das responsabilidades e capacidades da Autarquia; a gestão do território é ainda encarada de forma fragmentária e casuística, demorando a definição de diversos planos de pormenor, resumindo o Plano Diretor Municipal a um documento vazio de sentido estratégico e ineficaz”.
Sérgio Lopes fala em “tempo perdido” para o desenvolvimento do Município de Ílhavo e quanto ao alegado sucesso da gestão financeira, reclamado pela maioria, o PS diz que o mérito é de quem “paga a conta”.
“E se podemos constatar o fim dos constrangimentos financeiros a que Câmara estava sujeita, esse esforço deve-se fundamentalmente ao esforço dos munícipes, que pagam hoje o dobro do IMI que pagavam há 6 anos”.
A maioria apresentou a lista de obras públicas em curso e projetos mas a oposição vê estagnação no investimento público e acusa a maioria de “inércia”.
“Estes, como outros exemplos, permitem-nos consolidar uma constatação diária: a de que o projeto do PSD continua a não se suportar numa visão de inovação e renovação, e nem a introdução de figuras recentes no cenário político local disfarçam que na Câmara de Ílhavo está tudo como estava. Com tanta oportunidade e tempo perdidos, Ílhavo andou para trás”.
Sérgio Lopes admite que os mecanismos ao dispor da oposição nem sempre são agilizados mas os resultados alcançados reforçam a confiança numa eleição mais aberta com os sociais democratas pela vitória em 2021.
“Em democracia não há Poder sem Oposição, todos contam e o PS continuará a cumprir o seu importante papel de liderança da Oposição, através da fiscalização rigorosa da atividade municipal, da crítica acompanhada de apresentação de alternativa, mesmo ultrapassando os frequentes obstáculos colocados pelo PSD no acesso à informação ena apresentação de propostas.”