A concelhia de Aveiro do PCP analisa o momento vivido no país que enfrenta o surto epidémico Covid-19 e à semelhança de outras concelhias na região aborda a limitação de meios no Serviço Nacional de Saúde e que, agora, veio “revelar uma série de fragilidades do SNS”.
Culpa as “décadas de políticas de direita e de desinvestimento na Saúde”.
“Seja pelo défice de profissionais de saúde, agravado com a sua desvalorização social, profissional e salarial, seja pela falta de condições materiais e logísticas, a degradação e as tentativas de aniquilação do SNS têm-se tornado evidentes, resultando no que é hoje um terreno mais difícil para dar resposta à situação actual”.
No caso do Hospital Infante Dom Pedro afirma tratar-se do “exemplo do ataque que tem vindo a ser feito à saúde, com uma série de valências encerradas ao longo dos últimos tempos e grandes necessidades em termos de profissionais de saúde”.
Considera, ainda, preocupante o encerramento da urgência pediátrica devido ao isolamento de médicos infetados.
“O encerramento temporário das urgências pediátricas no Hospital Infante Dom Pedro – causado pela infecção de médicos deste serviço - não deixa de ser preocupante pelo que pode representar para a saúde das crianças e jovens da região, que terão que se deslocar até Porto ou Coimbra em caso de urgência. Relembramos que mais investimento, traduzido em melhores condições evitariam situações-limite, que não são aceitáveis e não podem perdurar no tempo”.
Numa nota de solidariedade aos profissionais de saúde, o PCP salienta o papel “essencial e insubstituível” do Serviço Nacional de Saúde.
E para o setor privado deixa recado pelas exigências colocadas aos funcionários.
“O PCP acompanha e denuncia grandes grupos económicos, que também no nosso concelho tentam e tentarão à luz do que é a situação actual coagir trabalhadores a pedir férias, licenças sem vencimento, ou tantas outras estratégias para que caia nos ombros dos trabalhadores toda a responsabilidade e prejuízo”.