Aprovados os termos do segundo concurso para a requalificação do Rossio.
A maioria "segurou" o projeto numa noite em que foram repetidas criticas da oposição à continuidade deste investimento de 11,7 milhões em particular pelo estacionamento em cave.
Com mais cerca de 2 milhões de euros a autarquia aposta no reforço a “componente arquitetura”, que tem a ver com o revestimento da superfície da futura praça e nas obras de estabilidade estrutural do edifício em cave para estacionamento.
O debate centrou-se na questão financeira e nos aspetos técnicos.
O PS diz que se há revisão é porque o projeto não cumpria com as melhores soluções que agora vão custar mais dinheiro.
Filipe Neto Brandão diz que este tipo de operação vai ao arrepio das melhores práticas de sustentabilidade das cidades que apostam na retirada de viaturas para a periferia.
Lembra que as estratégias em debate apontam para a redução de tráfego nas cidades nos próximos anos (com áudio)
Ribau Esteves explicou que as melhorias no projeto resultam de reflexão técnica com especialistas sem colocar em causa o trabalho que estava feito.
Quanto ao futuro da mobilidade, o autarca respondeu à crítica do PS salientando que o país deve trabalhar pelo futuro. E devolveu a pergunta: “Será obstinação o governo socialista trabalhar por novo aeroporto em Lisboa?” (com áudio)
O debate mantido esta noite levou Rita Batista (BE) a criticar o método.
“Já vimos isto na concessão da Move Aveiro. Primeiro surge um concurso fantástico, depois uma situação complexa e depois faz-se um novo concurso mais favorável, sendo que nunca é favorável ao erário público ”.
Pires da Rosa (PS) considera que o primeiro concurso confirma que o negócio não parece bom para ninguém.
“É arriscado executar. Sempre disse que é um erro”, vincou o deputado preferindo uma solução de superfície assente nos terrenos da antiga lota.
“Deveria ser na lota quando o Governo ganhar alguma vergonha e acelerar a entrega de terrenos” (com áudio).
De Jorge Greno (PP) e de Manuel Prior (PSD) ouviu-se a defesa da estratégia seguida pela maioria com recurso ao exemplo de Pontevedra, na Galiza.
“A política ali seguida levou à redução de emissões. Qual foi, segundo o Alcaide de Pontevedra, uma das medidas mais importantes. A construção de parques subterrâneos e na periferia. Há menos circulação de quem anda à procura de lugares. É nesse sentido que se caminha em Aveiro”.
A noite contou ainda com a presença de David Iguaz, do Movimento Juntos pelo Rossio, que contesta a construção.
“Estamos a falar de mais de 12 milhões de euros. Isto é uma opção política e um dia esta opção política será desvendada”.