O presidente da Câmara de Aveiro nega que as medidas preventivas no âmbito da elaboração do Plano de Pormenor do Canal do Paraíso estejam ao serviço dos investimentos imobiliários naquela porta de entrada da cidade.
A decisão foi ratificada pela Assembleia Municipal com votos das bancadas da maioria, abstenções de PS, PAN e Chega e votos contra do PCP e do BE.
Os partidos olham com desconfiança para a iniciativa da autarquia que fica com instrumentos para impor limitação a construções na zona do Cais do Paraíso até que o Plano de Pormenor esteja aprovado e em vigor.
A crítica mais repetida foi direcionada para a construção de uma unidade hoteleira que, segundo, alguns partidos poderá estar a condicionar tudo o resto.
Chega, BE, PAN e PCP questionam a opção e admitem a pressão do setor imobiliário.
Joana Lima, do PCP, afirma que sendo uma porta de entrada na cidade, a área do Cais do Paraíso deveria estar ao serviço da comunidade mas teme o efeito predatório dos projetos turísicos (com áudio)
Do BE ouviu-se mais um apelo à fixação de áreas para habitação a custos controlados.
O PS, pela voz de Francisco Picado, deixou crítica velada ao significado da participação pública sempre que se fala em auscultar os interessados.
E não deixou de reparar que o Executivo fica com o poder de decidir os usos naquela área (com áudio)
CDS e PSD afirmam a garantia de um Plano de Pormenor que não será o executivo mas da Câmara e Assembleia e das entidades que dão pareceres
Ribau Esteves desvalorizou o surgimento de queixas e fez notar que conversou com os proprietários.
Lembra que em causa está uma visão que é mais ampla do que o interesse particular de cada promotor uma vez que a zona do cais do Paraíso articula com toda a área urbana do Rossio, com o Alboi passando pelo lago e canal do paraíso.
O presidente da Câmara afirma o Plano de Pormenor como "garantia" e as medidas preventivas agora definidas como "seguro" (com áudio).