Continua a polémica em Aveiro e os protestos pela forma como está a ser processado o tratamento de animais errantes.
A polémica foi relançada esta esta-feira pela forma como dois funcionários da autarquia transportaram um cão a uma clínica veterinária privada onde o animal acabou abatido.
Os ativistas da causa animal dizem que o animal deveria ser recolhido da rua e dar entrada em canil municipal até ser resolvido o seu destino. Aveiro não tem canil e o veterinário consultado assumiu depois de consulta s decisão de eutanasiar o animal.
Perante o debate lançado, a Câmara de Aveiro saiu a público com um comunicado a justificar os passos dados. Desmentiu os relatos partilhados e explica que os serviços da CMA foram chamados por uma munícipe a São Bernardo para recolher um cão que “estava cego e andava aos círculos”;Do contacto com a clínica veterinária mais próxima e da análise técnica “concluiu-se que o animal, para além da avançada idade e magro, sofria de várias patologias: globos oculares dilacerados e sinais de patologia neurológica”.
O cão não era portador de Chip identificador e “estava em sofrimento” e a autarquia explica que o relatório médico foi conclusivo. “Após eutanasiado, o animal foi recolhido e colocado em local próprio para posterior tratamento sanitário”.
Os ativistas leram a comunicação mas não aceitam o teor das explicações. “As testemunhas relatam que o animal não se encontrava prostrado, nem em mau estado, como referido pela CMA, aliás existem imagens do animal na rua que o comprovam”.
A autarquia reafirma compromisso com a questão e diz que pretende assegurar esse bem-estar com os novos canis que serão construídos no âmbito de projetos da Comunidade Intermunicipal.
“A CMA, os seus serviços e os profissionais que aqui desempenham as suas funções, assim como as Clínicas Veterinárias privadas parceiras, da mesma forma que toda a população, valorizam os animais, e procuram sempre as melhores soluções tendo em vista o bem-estar de todos”.
O tema esteve em debate no programa "Canal Central" com o PAN e o PSD a defenderem posições. Rui Alvarenga, do Pessoas-Animais-Natureza, salienta que depois da manifestação pública e desta reação ao abate de sexta, restam as queixas-crime e uma campanha junto dos turistas em Aveiro (com áudio)
Manuel Prior, do PSD, defendeu a idoneidade de quem esteve no processo e lembra que é necessário ir a montante. Desde logo tornar obrigatória a colocação de chip para identificar os proprietários dos animais (com áudio).