O candidato do PS à Câmara de Aveiro fala de necessidade de seguir um caminho com matriz aveirense e raízes assentes na tradição local, feito de participação e trabalho de equipa.
"Queremos pensar pela nossa cabeça, agir de acordo com o que acreditamos, abrindo o município a toda a comunidade".
Manuel Sousa defendeu a criação de mecanismos de participação pública em contraponto com o que diz ser uma abordagem mais “individualista” da política.
"Queremos chegar junto de quem não pode falar, dos que não podem estar aqui connosco, porque têm medo de represálias. Isso não pode acontecer em Aveiro".
Manuel Sousa aproveitou a apresentação da candidatura em jantar de militantes e simpatizantes para defender o primado da intervenção social e a aposta num sentido mais coletivo da política.
"Não contem comigo para triunfos individuais ou daqui cavalgar outra onda".
No discurso feito aos apoiantes que se reuniram numa unidade hoteleira da cidade, o candidato prometeu honrar os compromissos herdados em caso de vitória eleitoral e comprometeu-se com o programa de Ajustamento Municipal que serve de base ao reequilíbrio financeiro.
"Pagaremos a dívida. É um dos aspetos fundamentais com PAM ou de outra forma. Não vamos andar a dizer que outros a deixaram ou empurrar para o lado. Será para resolver".
Alberto Souto quis dar testemunho da sua experiência autárquica e lembrou que chegou ao poder quando a meta parecia mais difícil.
"Há 20 anos começamos com menos gente e era quase impossível. Começamos a surpreender e tivemos maioria. Não destratamos os adversários. Estamos orgulhosos do nosso percurso. O Manuel Oliveira de Sousa tem uma tarefa difícil mas estamos cá para ajudar. Essencial vai ser ir para a rua, apertar o bacalhau. O bacalhau muito seco é incomestível e indigesto. Tem de motivar as pessoas e ser a centelha de esperança para transformar as suas vidas”.
Pedro Nuno Santos, presidente da distrital de Aveiro do PS e Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, esteve no lançamento da candidatura para defender um modelo alternativo na gestão camarária.
“Queremos governar de forma diferente, alargar apoios e nem todos têm essa capacidade. Ribau Esteves não tem. Governa sozinho contra os seus se for preciso. Não podemos deixar cair no esquecimento o capital de governação que temos em Aveiro, os melhores anos, quando era uma cidade invejada. Agora é um projeto adiado há 12 anos. O primeiro presidente de Câmara a apresentar um programa de ajustamento financeiro e dos últimos a ver aprovado, por sua incompetência. A querer dar um ar da sua graça nos últimos meses mas chega tarde”.
Na noite de lançamento da candidatura, destaque para a presença de Eduardo Conde, candidato do PS em Ílhavo, e de João Gonçalves, padre da pastoral penitenciária que lidera a obra social Florinhas do Vouga e quem tem ligação ao candidato nos movimentos sociais da Igreja.