A polémica instalada na pré-campanha das autárquicas em Aveiro.
Alberto Souto Miranda responde à posição assumida por Rui Soares Carneiro, vereador socialista que perdeu a confiança política do PS.
O candidato socialista acusa o vereador de “traição” e agora com nome próprio e crítica direta.
Afirma-se alheio à retirada de confiança política por parte do Secretariado.
Em comunicado, o candidato socialista que não recebeu apoio direto do vereador comenta a resposta de Rui Soares Carneiro publicada no passado fim de semana.
"A deserção de um vereador não é um facto insignificante, por muito insignificante que seja o dito. Não queremos ganhar com unanimismos. Perdemos um voto. Mas há votos que vale a pena perder”, resume Souto que diz ter convidado Rui Carneiro para ser candidato do PS à Junta de Cacia sem ter recebido qualquer resposta.
“As pessoas são obviamente livres. Podia não gostar de mim. Podia gostar muito mais de si. Podia querer ser vereador. Podia não querer ser Presidente de Junta. O que queria, porém, nunca mo disse. As pessoas são livres, mas em política e na vida devem ser francas e verdadeiras. O Dr. Rui Carneiro, não teve a coragem para aceitar, nem a educação de me explicar porquê”.
Souto lembra que vieram a público testemunhos de quem revelou avanços de Rui Soares Carneiro para tentar uma candidatura independente.
“Esse comportamento desleal e dissimulado é típico de traidores cobardes e de tipos sem carácter. O Dr. Rui Carneiro não deve ser um traidor cobarde, mas perante estes factos há quem possa legitimamente pensar isso mesmo, sem que esteja a insultar”.
O candidato do PS regista que o comunicado emitido pelo vereador foi uma peça de vitimização.
“O Dr. Rui Carneiro cavou a sua própria sepultura: ninguém pode confiar num esforçado e frustrado vira-casacas que, licenciosamente, pela calada da noite, faz o trottoir partidário e se tenta vender por trinta dinheiros, e ainda guarda uma faca na liga, disfarçada de pena viscosa, pegajosa de tanta necessidade de justificar o injustificável. Já me tinham avisado. Mas eu não vou em rumores. Factos são factos. O mais importante é que vamos ganhar Cacia porque temos um excelente candidato”.
Em Aradas a polémica gira em torno do atraso da presidente numa Assembleia de Freguesia, no arranque dos trabalhos sem discussão prévia, e no abandono das bancadas de PS e do movimento Sentir Aradas.
A sessão realizada na segunda-feira, 30 de junho, não chegou ao fim com críticas das duas bancadas da oposição aos presidentes da Junta e da Assembleia de Freguesia e resposta dos órgãos autárquicos.
Todos falam de atitude antidemocrática.
A oposição diz que o arranque dos trabalhos, a chegada tardia da presidente, a repetição dos discursos e as intervenções do presidente da Mesa em substituição da presidente atropelaram regras democráticas.
Gilberto Ferreira, do movimento Sentir Aradas, diz que toda a sessão não dignificou o órgão e terminou de forma ilegal, sem quórum.
“O Movimento Sentir Aradas e os restantes elementos da oposição decidiram, em forma de protesto, abandonar a Assembleia, tendo o Sr. Presidente numa atitude prepotente decidido dar seguimento à mesma de forma ilegal, sem que esta tivesse quórum (ficaram apenas 5 elementos)”.
A Junta responde que a oposição não respeitou os membros do Executivo ali presentes, ao não reconhecer a sua representatividade, em posição que classifica como “ofensiva da democracia”.