Os sindicatos falam em “ataque à dignidade dos trabalhadores” e pedem intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho para verificar preventivamente as condições em que se processa o trabalho no 1º de Maio nas grandes superfícies comerciais. Defendem mesmo a adesão à greve decretada. Lembram que as cadeias de Supermercados e Hipermercados “não aumentam trabalhadores por falta de dinheiro, mas sim porque os querem empobrecer, como se comprova com a campanha de oferta generalizada de produtos na véspera e dia 1.º de Maio”.
Mais uma vez a crítica é dirigida para as campanhas do grupo Sonae/Continente e Pingo Doce com campanhas que incidem no 1º de Maio com descontos atrativos e que representam forte mobilização dos trabalhadores das empresas. “Os trabalhadores são confrontados pelas empresas com uma pública declaração que não é por falta de dinheiro que não aumentam salários, é antes por determinação em os empobrecer, não escondendo esse brutal atentado à sua dignidade e direitos e ainda exigindo que colaborem na campanha, trabalhando mais sem receber. Trata-se de mais um violento ataque à dignidade de quem trabalha e ao simbolismo do 1.º de Maio - Dia Internacional dos Trabalhadores”.
As estruturas sindicais consideram ainda que a forma agressiva como os hipermercados se posicionam vai “destruir a produção agrícola e agro industrial e a concorrência, aumentando a sua já desmesurada quota de mercado, beneficiando apenas os consumidores com poder aquisitivo suficiente para açambarcar produtos”.