O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital deixou mensagem de incentivo aos empresários do distrito de Aveiro com a promessa de que haverá dinheiro a fundo perdido para as empresas nos seus processos de modernização.
A mensagem final do fórum empresarial vincou a importância de “construir uma economia mais sólida” assente na “inovação, conhecimento e recursos humanos qualificados”.
Com o fórum online e presença não presencial do Ministro, muitas das questões levantadas ao longo do dia ficaram sem resposta.
E dois dias depois do presidente da AIDA ter dito que os empresários se sentem "bastardos" do sistema, o discurso do Ministro acabou por ser uma mensagem sobre os milhões da UE que estão para chegar.
Pedro Siza Vieira realça os ganhos de quota nos mercados internacionais e os dados das exportações que cresceram em valor com “mais produtos para mais mercados e com mais empresas envolvidas”.
O Ministro destacou os bens de alta tecnologia que representam agora 40% das exportações incorporando mais conhecimento.
“Caminho facilitado porque temos investido na inovação empresarial e políticas públicas”.
Mas o movimento não pode parar e a “bazuca” europeia promete acentuar esta via.
“Isto tem de continuar e acelerar. O plano de recuperação e resiliência vai afetar 30% das verbas para apoios diretos a empresas para a descarbonização, transição energética e digital e para fazerem investimento produtivo à volta de produtos de valor acrescentado”.
A via seguida é resposta aos avisos da União Europeia que deixou as linhas estratégicas a seguir para o “cheque” que vai chegar na fase de retoma no pós pandemia.
“Respondemos às recomendações que a UE dirigiu a Portugal sobre investimento direcionado para a inovação. Ninguém tem a mesma intensidade destas verbas a fundo perdido para as empresas. Precisamos de empresas cada vez mais competitivas”, disse o Ministro já depois de Carlos Tavares ter avisado para o "custo" do cheque de milhões que está para chegar.
A última palavra foi para o tecido empresarial aveirense com o Ministro a salientar o papel relevante que desempenha no contexto nacional.
“Em Aveiro está um tecido produtivo importante no contexto do país. Estou convencido que Aveiro vai continuar a ser protagonista desta mudança estrutural”.
Fernando Paiva Castro, presidente da Associação Industrial do Distrito de Aveiro, afirma a aposta no desafio da mudança como resposta fundamental para o futuro das empresas.
“Porque é que não se muda? De quem é a culpa? E dos politicos? É dos empresários? Reflitam. É uma insanidade querer fazer as coisas da mesma maneira querendo resultados diferentes. Os tempos são de mudança e exigem mudança”.