Formar professores para a sustentabilidade

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Formar professores para a sustentabilidade
28.09.2020

1 - Autor: Ana Isabel Andrade

2 - Endereço da página pessoal do Investigador no site da UA: https://www.ua.pt/pt/p/16606911

3 - Título do tema/projeto abordado: Formar professores para a sustentabilidade

4 - Texto de suporte:

Olá, chamo-me Ana Isabel Andrade, sou investigadora do CIDTFF e docente no Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro e venho falar-vos da importância da profissão docente.

Muito se tem dito e escrito sobre o trabalho dos professores, quase sempre reforçando a importância da profissão nos tempos difíceis que atravessamos. Mas o que se espera destes profissionais?

Podemos dizer que se espera que sejam profissionais conscientes da importância da sua profissão e se formem constantemente para a exercer, não desistindo dos seus alunos, preparando-os para contribuírem para a construção de um futuro melhor. Trata-se de contribuir para o Objetivo 4. Da agenda 2030, Assegurar educação inclusiva, equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

Espera-se que os professores estejam preparados para a construção de futuros dignos para a humanidade e para o planeta, o que implica compreender o que tal significa e o que fazer para lá chegarmos. Fácil é de perceber a complexidade da profissão pelos desafios que enfrenta e pela multiplicidade de saberes exigidos:  saberes sobre os conteúdos a ensinar, sobre os alunos, a escola e o sistema educativo, sobre os modos de ensinar e fazer aprender, sobre a educação, as suas teorias, finalidades e valores, sobre o currículo a (re)construir, sobre o mundo, sobre o outro e sobre si próprios. 

Neste sentido, importa salientar a importância da formação de educadores e professores para a sustentabilidade a todos os níveis: ambiental, cultural e linguística, económica e social.

A Universidade de Aveiro, por exemplo, coordena neste momento o projeto TEDS - Teacher education for sustainability (Erasmus +), com a finalidade de desenvolver e investigar programas de formação contínua para educadores e professores, numa. parceria europeia, que inclui instituições de formação na Finlândia, França, Lituânia e Malta. Esta parceria propõe-se desenvolver até 2022, módulos de formação sobre equidade e solidariedade social; diversidade, diálogo e inclusão; recursos naturais, ambiente e tecnologia; economia circular e literacia financeira, desenvolvendo uma ideia de sustentabilidade a partir de projetos educativos interdisciplinares e procurando preparar melhor os profissionais de educação para os desafios que enfrentamos.

Segundo a UNESCO, o mundo precisa de cerca de 69 milhões de novos professores para alcançar o estipulado pela Agenda 2030 para a Educação (https://en.unesco.org/themes/teachers), o que nos faz reconhecer como preciosos os que temos e apostar na formação e ajuda a estes profissionais. Não esqueçamos que os professores mudam vidas ( https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000371007).

Esperamos que as escolas funcionem, estejam abertas, apesar dos constrangimentos que agora vivemos, mas esperamos, sobretudo, que os professores, neste ano letivo que agora começa, possam continuar a abrir caminhos àqueles que dela necessitam, mostrando o mundo, ensinando a compreendê-lo e a transformá-lo.

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Educação à Escuta
Autor
susana ambrósio
Horário12:00às12:00

Episódios

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    Cartas Com Ciência
    Cartas Com Ciência
    09.11.2020

    Betina Lopes

    A Cartas com Ciência desenvolve programas educacionais de troca de cartas que ligam a lusofonia através da ciência. Ao possibilitar a interação entre cientistas inspiradores e estudantes nos países de língua portuguesa, a Cartas com Ciência fomenta conversas individuais e duradouras que permitem não só mitigar barreiras e preconceitos associados ao ensino superior e a carreiras científicas, mas também promover a literacia científica e da língua portuguesa.

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    Educação à escuta … de si própria!
    Educação à escuta … de si própria!
    02.11.2020

    Como é amplamente reconhecido, a investigação e os saberes que através dela se revelam constituem um dos fatores fundamentais na ativação dos processos de (auto)reflexão, formação e desenvolvimento quer das pessoas singularmente consideradas, quer das instituições enquanto organizações plurais. Trata-se de estimular uma visão educacional transformadora do real cuja racionalidade tem como referente, no primeiro caso, os paradigmas da profissionalidade reflexiva, crítica e ecológica e, no segundo, a ideia de escola/instituição reflexiva

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    Um olhar sobre resiliência, saúde e educação
    Um olhar sobre resiliência, saúde e educação
    26.10.2020

    Olá, chamo-me Ana Frias, sou Investigadora do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro; Professora na Escola Superior de Educação de Coimbra e na Escola Superior de Saúde da Guarda, vivo em Coimbra, e venho falar-vos sobre Resiliência, Saúde e Educação.

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