Rui Dias não fecha a porta a uma eventual candidatura à presidência da Câmara de Ílhavo.
Em declarações ao Diário de Aveiro, o homem que no passado fechou a porta diz que hoje há condições para, pelo menos, ponderar.
“Nunca digo desta água não beberei”.
É desta forma que o advogado de Ílhavo aborda um possível convite para uma candidatura em 2025.
O também vice presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol e que foi dirigente do Illiabum não esconde que chegou a recusar, no passado, essa possibilidade.
Mas, hoje, admite a existência de condições para refletir sobre o tema.
“Não me ponho em bicos de pé para ser presidente de Câmara porque não é uma atividade que me motive, por várias razões , desde as questões financeiras, ganha-se mal para o tipo de vida que se tem”.
Em entrevista ao Diário de Aveiro, falou da vida no dirigismo mas foi na política que deixou as frases mais fortes com críticas à atual governação e aos dirigentes do PSD que lideraram a candidatura em 2021.
“Acho que se perdeu a Câmara devido ao cansaço de 20 anos de funções autárquicas, cansaço das pessoas em relação aos autarcas. Por outro lado, o projeto que o PSD apresentou foi construído por um conjunto de pessoas absolutamente inaptas para o exercício daquela função e para levar a cabo um desafio com aquelas características”.
Sobre a Governação de João Campolargo diz que chegou a prever a vitória mas antecipou também as dificuldades.
Entende que a solução independente “não está a corresponder às expetativas”.
“Ser popular chega para ganhar uma Câmara mas não chega para Governar uma Câmara. A preparação técnica das pessoas para o serviço desta atividade deixa um bocadinho a desejar. A equipa também é curta, não tem maioria, o que torna tudo mais complicado mas acho que é uma equipa pouco preparada”.