O projeto “Dinâmica Populacional de uma espécie invasora no Baixo Vouga Lagunar”, coordenado cientificamente por membros do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar e do DBio - Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, tem sido apresentado à comunidade escolar de todo o país como exemplo de boas-práticas em ferramentas do Ministério da Educação e Ciência. Este projeto de ciência cidadã resultou de uma parceria com o Agrupamento de Escolas de Estarreja.
O projeto é referido no documento “Orientações para a recuperação e consolidação das aprendizagens ao longo do ano letivo de 2020/2021” (DGE – Direção-Geral da Educação (Ministério da Educação e Ciência)), como exemplo de boas-práticas para a gestão e operacionalização do currículo dos alunos no contexto dos domínios de Autonomia Curricular e para a reorganização da escola, incentivando ao uso de trabalho por laboratórios de aprendizagem.
Este documento foi distribuído por todas as escolas do país e pretende-se que seja uma ferramenta de apoio essencial na planificação do ano letivo que se avizinha. Este roteiro resultou do atual contexto de incerteza decorrente da pandemia e do final do ano letivo anterior e constitui-se como material de apoio, expõe conceitos, e faz-se acompanhar de vários exemplos para apoiar as escolas numa partilha de reflexão e de soluções encontradas.
O projeto foi também selecionado pela DGE para fazer parte do ciclo de vídeos dedicados a projetos de Autonomia e Flexibilidade Curricular de sucesso. O vídeo mostra as diferentes fases por que o projeto passou do ponto de vista didático e a integração das várias disciplinas no seu desenvolvimento.
Para além disso, deste trabalho resultou a escrita de um artigo que dois alunos submeteram ao 27º Concurso Jovens Cientistas.
Durante um ano (2018/2019), com trabalho de campo mensal, a turma do 11º A da Escola Secundária de Estarreja estudou a estrutura e densidade populacional do lagostim-vermelhos-do-Louisiana (Procambarus clarkii) no esteiro de Fermelã, em Estarreja. Esta espécie invasora é responsável por causar sérios danos nos arrozais de várias zonas do mundo e a sua presença abundante no Baixo Vouga Lagunar, zona de grande cultivo do arroz, pode ser um aspeto a ter em conta em estudos relacionados com a gestão agrícola da região.
Pelos Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas,
Constança Mendonça