O debate entre candidatos à liderança da Câmara de Ílhavo vincou as diferenças entre oposição e movimento independente “Unir para Fazer” que procura a reeleição de João Campolargo.
Ouviram-se críticas sobre "práticas de governação", "falta de compromisso concreto" com metas e "instrumentalização do aparelho camarário".
PCP, PS, Chega e PSD afirmam que tendo expetativas “baixas”, no início de mandato, em 2021, não conseguem encontrar metas que permitam avaliação positiva.
O Chega critica o diz ser o “distanciamento” do presidente da Câmara, a CDU aponta baixo nível de execução, o PS entende que o programa assentou em ideias vagas, o PSD refere que apenas os projetos PRR surgem como ações concretas e o autarca recandidato afirma-se confortável com os resultados de 4 anos de mandato.
João Campolargo contra-ataca e deixa críticas ao cabeça de lista da AD pela ligação ao aparelho camarário durante vários anos e responsabilidade na gestão de processos jurídicos.
Foi um debate marcado pelas heranças do PSD e pelos quatro anos de maioria independente.
Rui Dias, da AD, fala de uma governação que não deixa marca forte e que levanta interrogações sobre o exercício do poder.
Acusou a maioria independente de ter instrumentalizado o aparelho camarário com subida do número de funcionários de 525 para 590, em dois anos, num acréscimo de 3 milhões de euros em encargos.
Diz que tal não se repercutiu na capacidade de resposta e qualidade dos serviços prestados (com áudio)
João Campolargo responde que se trata de um aumento associado a alterações salariais e novas competências.
O atual autarca defende que há, nas referências da oposição à relação com funcionários camarários e associações locais, uma visão sectária que só encontra problemas e não vê as soluções encontradas.
Campolargo defende que foram 4 anos dedicados a reabilitar estruturas e "lançar projetos há muito desejados".
Sónia Fernandes, do Partido Socialista, acusa Campolargo de priorizar o “dinheiro”.
Diz que as palavras mais ouvidas são “dinheiro, saúde financeira, amealhar e cofres”.
A cabeça de lista do PS lamenta que pouco se fale de políticas para idosos ou jovens e sobre problemas concretos da vida dos cidadãos como a habitação.
Ao fim de quatro anos diz que o que fica "é muito pouco" para quem prometia "unir para fazer".
O candidato do Chega opta por apontar o dedo a João Campolargo por um calendário que mostra ação apenas em final de mandato.
Fernando Ferreira considera que ao fim de 4 anos a mudança ficou aquém das expetativas.
Questiona o candidato da AD por responsabilidades na gestão de processos legais.
Questões como o dossiê dos terrenos da biblioteca municipal voltaram a associar Rui Dias ao exercício da advocacia com passado de assessor jurídico na Câmara de Ílhavo.
O cabeça de lista da CDU lamenta que os compromissos assumidos há quatro anos por parte da nova maioria tenham sido "vagos" e muitos dos que foram assumidos não tenham chegado à concretização.
Virgílio Dias deixa lamento pela falta de “compromisso” (áudios dos cinco candidatos).
O debate entre candidatos está disponível em terranova.pt